No AMAZÔNIA:
O décimo terceiro salário, que começa a ser pago em novembro, vai injetar cerca de R$ 1,4 bilhão na economia paraense, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA). O recurso é 18,8% maior se comparado ao montante pago no ano passado, quando foi liberado algo em torno de R$ 1,2 bilhão. A parcela extra a ser paga aos trabalhadores, aposentados e pensionistas paraenses representa 2,6% do PIB (Produto Interno Bruto) estadual.
Os números do Dieese/PA mostram ainda que, aproximadamente 1,5 milhão de pessoas no Pará receberão o benefício, dos quais 42% são aposentados ou pensionistas e o restante, 58%, atuam no setor formal da economia ou em atividades domésticas com carteira assinada. O número de agraciados com o décimo terceiro salário aumentou 4,56% no Estado, em relação ao índice apontado no ano passado, quando 1.438.170 tiveram o direito ao benefício.
No Pará, o valor médio a ser pago como décimo terceiro, conforme estimativa do Dieese/PA, ficou em R$ 898,88. Nos casos dos proventos da Previdência Social, será distribuído em média o valor de R$ 657,38. Os empregados do mercado formal receberão no Pará em média R$ 1.200,58. Já o trabalhador doméstico com carteira assinada terá direito a um valor médio de R$ 485,98.
No dia 30 de novembro vence o prazo para o pagamento da primeira parcela do 13º salário. Desta forma, a economia paraense deverá receber um expressivo volume extra de dinheiro, 'e que provavelmente não será guardado'. Esta é a opinião do presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), Altair Vieira. 'Será um acréscimo elevado, que vai impulsionar a economia do Estado, já que dificilmente o paraense guarda dinheiro. Tenho certeza que boa parte deste recurso vai ser aplicado no comércio', avalia.
Para Altair, o décimo terceiro é um fator positivo, principalmente por gerar novas oportunidades no mercado de trabalho. 'O setor supermercadista já começou a empregar e está sentindo tanto quanto o comércio em geral a força deste salário extra. Ainda assim, acredito que os números do ano passado não serão superados, pois a economia ainda sente os impactos da crise. Com o aumento do desemprego, tenho a impressão de que o consumidor ficou mais cauteloso', sustenta.
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