Papão amarga novo empate

No AMAZÔNIA:

O Paysandu demonstrou empenho, mas não foi suficiente para sair com um triunfo no amistoso contra o Cametá Esporte Clube, ontem à tarde, no Parque do Bacurau, em Cametá. O placar de 0 a 0 foi igualzinho ao do empate com a seleção de São Caetano de Odivelas, quinta-feira passada, na Curuzu. Já o futebol apresentado foi ligeiramente melhor do que aquele que deixou apreensiva a torcida bicolor.
No entanto, o time alviceleste mais uma vez ficou devendo nas finalizações e no aspecto emocional - o zagueiro Carlos Eduardo foi expulso nos acréscimos, após jogar água no rosto do árbitro assistente Célio Cavalcante.
Este foi o nono amistoso preparatório do Papão com vistas ao Campeonato Paraense 2010. No total foram seis vitórias, dois empates e uma derrota - esta para São Caetano de Odivelas, por 3 a 1, no dia 4 de outubro. O resultado amenizou um pouco a pressão sobre a diretoria do clube e o técnico Nasareno Silva.
Ao contrário do que era esperado, Paysandu e Cametá fizeram um primeiro tempo bastante equilibrado no Parque do Bacurau. O Papão começou melhor. Com uma postura bem diferente da apresentada no amistoso de quinta-feira, o time do técnico Nasareno Silva entrou em campo com um esquema ofensivo. E o time foi ao ataque.
Aos 23min, meteu uma bola na trave. Um susto para o time cametaense, que se manteve bem postado na defesa. Exceto alguns deslizes, o Cametá esteve bem defensivamente. E ainda sobrava espaço para Tonhão ir ao ataque. O zagueiro havia desperdiçado boa chance aos 17min, quando aproveitou cobrança de escanteio de Everton e cabeceou com perigo no canto esquerdo do goleiro Naldo.
O problema é que o time bicolor, nos 20 minutos iniciais da partida, não conseguia engatar os contra-ataques. E quando a bola chegava na frente, Zé Augusto e Eanes não conseguiam segurar a bola. Mas, a partir dos 30min, o Papão conseguiu acertar o toque de bola. Cláudio Allax e Wagner passaram a ter espaços para avançar. E assim, o Paysandu chegou com mais perigo ao gol de Alencar Baú. Apesar disso, a primeira etapa terminou sem que o placar fosse movimentado.
No segundo tempo, principalmente a partir dos 15min, os dois times começaram a fazer muitas mudanças e o jogo caiu em ritmo e qualidade. Desentrosados, os bicolores tentavam resolver a partida em jogadas individuais e, na maioria dos lances, eram facilmente barrados pela defesa cametaense.
O time da casa, por seu turno, não arriscava muito nas subidas ao ataque. Com isso, a partida foi ficando cada vez mais restrita ao meio-de-campo e as jogadas mais ríspidas aumentaram o ambiente nervoso do confronto.
Tumulto - Aos 44min, o auxiliar Célio Cavalcante e o zagueiro Carlos Eduardo, do Paysandu, se envolveram em uma confusão e quase descambaram para o desforço físico. Cavalcante, enfurecido, partiu para cima do jogador afirmando que Carlos Eduardo havia atirado água em seu rosto. Após os ânimos serenados, o zagueiro bicolor foi expulso.
Com um a mais, o Cametá foi com tudo ao ataque nos últimos minutos. Aos 47min, Emerson fugiu pela esquerda e cruzou para a chegada de Raoni, que chutou forte rente ao poste direito de Naldo. E foi só.