quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Omar rebate declarações

No AMAZÔNIA:

Como se não bastasse todos os problemas enfrentados pelo Paysandu, que há três anos não consegue sair da Série C do Campeonato Brasileiro e encontra problemas para formar uma equipe realmente competitiva para a próxima temporada, o clube alviceleste atravessa uma crise também na política. Ontem, o presidente Luiz Omar Pinheiro atiçou mais lenha na fogueira de vaidades da Curuzu ao se pronunciar sobre as críticas feitas a sua administração pelo deputado e ex-jogador Róbson Nascimento, o Robgol.
No final da manhã, depois de se reunir com a comissão técnica bicolor, Luiz Omar procurou a imprensa para dar sua resposta às declarações do ex-centroavante, que não havia ficado nada satisfeito com o cancelamento do amistoso que seu time - o Paixão pelo Pará - faria contra o Paysandu, hoje à noite, na Curuzu. A partida serviria para marcar a inauguração oficial do placar eletrônico do estádio, que foi doado pelo próprio deputado ao clube.
Na terça-feira, após ser informado do cancelamento, Robgol criticou a falta de organização do clube - principalmente no que diz respeito ao agendamento de amistosos - e cobrou publicamente explicações para a destinação dada aos R$ 110 mil doados ao clube, por meio de uma emenda parlamentar de sua autoria. A quantia, segundo ele, deveria ter sido aplicado integralmente na instalação de uma academia de musculação na Curuzu. No entanto, ainda segundo a denúncia do deputado, parte do dinheiro foi utilizado para outras finalidades.
Ontem, o presidente bicolor confirmou o recebimento da verba em questão. Porém, o dirigente disse que Róbson sabia que o dinheiro não seria utilizado para a compra de aparelhos de musculação ou coisa semelhante.
'Quando o deputado conseguiu o dinheiro da tal emenda, eu disse a ele que não faria uma academia na Curuzu porque não acho que seja algo necessário para o Paysandu. Mas daí a falar em desvio de verba é outra coisa. Se há algum desvio aqui no Paysandu é do dinheiro que sai do meu próprio bolso para pagar as contas do clube. Enquanto isso, ele (Róbson) só usa dinheiro público para ajudar o clube', disparou Luiz Omar.
Sobre o amistoso contra o Paixão pelo Pará, o presidente explicou que a decisão de cancelar a partida não teve nenhum viés político, como insinuou Robgol. 'Depois dos amistosos contra São Caetano de Odivelas e Cametá, em que o time jogou mal, nós vimos que o Paysandu estava se expondo desnecessariamente. Por isso, decidimos dar um tempo nos amistosos até o Re x Pa do dia 13 de dezembro. Até lá o time vai treinar, já que não teve tempo para isso durante a viagem pelo Oeste do Pará', esclareceu Luiz Omar, que cutucou o ex-atacante em seguida.
'Da minha parte não existe nenhum interesse político pessoal. Não sou candidato a nada. Só quero terminar meu mandado no Paysandu. Tenho profissão e ganho meu dinheiro honestamente como prático do rio Amazonas. Mas também não vou permitir que ninguém faça uso político do Paysandu', disparou, em clara alusão ao fato de Róbson ter sido eleito deputado estadual com o maciço apoio da torcida alviceleste.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Não acho que academia de musculação seja algo necessário". Essa afirmação, do presidente listrado, mostra o nivel amadorista do dirigente de um dos dois grandes clubes de futebol (dito profissional) no Pará.
E ainda fala em subir de série no Brasileiro, mas como?
Com essa mentalidade de gestão de boteco?
Lamentável ignorância.
Vai ver, ele acha um placar eletrônico muito mais importante e necessário.