quarta-feira, 11 de novembro de 2009

MP aperta cerco contra torcidas

No AMAZÔNIA:

O Ministério Público recomeçou a investigação das torcidas organizadas de Remo e Paysandu, após o quebra-quebra em frente ao Baenão, durante o clássico pelo Campeonato Paraense sub-20. As duas torcidas voltaram a se confrontar nas arquibancadas, deixando como saldo vários feridos.
Helena Maria Oliveira Muniz, promotora de defesa do consumidor, instaurou um procedimento administrativo para apurar - de forma extrajudicial - o caso a partir de registros policiais e fatos divulgados na mídia. Encerrada a autuação, poderá se transformar em uma ação judicial contra os supostos acusados da baderna.
Em 2004, após sucessivas ondas de violência nos estádios de futebol no Pará, o Ministério Público começou o processo de investigação contra as torcidas organizadas do Remo e do Paysandu. A iniciativa gerou uma ação civil pública, acatada pela Justiça estadual e cuja sentença determinou a extinção da 'Terror Bicolor' e da 'Remoçada', além de impedimento de quaisquer torcedores em ingressar nos estádios portando material de tais torcidas, incluindo as homônimas.
Mesmo com a proibição, a sentença tem sido negligenciada pela fiscalização nos estádios pela Polícia Militar, encarregada de coibir a violência entre torcedores. A confirmação de que as torcidas continuam agindo à revelia da justiça e nas barbas da polícia ocorreu no dia 13, quando houve a pancadaria na frente do Baenão.
No documento, a promotora considera 'grave os atos praticados pelos torcedores das duas torcidas organizadas rivais na referida partida de futebol, que causou grande indignação pública, e a possibilidade de novos confrontos serem realizados em outras partidas.'
Ela também informa que foi realizada reunião no Ministério Público, dois dias após o confronto, onde foram repassadas informações por agentes públicos de segurança. Considerando a determinação do Estatuto do Torcedor, que prevê a segurança total dos eventos esportivos antes, durante e após a realização das partidas, além de outros aspectos, a promotora decidiu instaurar o processo de investigação preliminar.

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