sábado, 14 de novembro de 2009

“Intervenção agride Estado democrático”, diz Jordy

Sobre a intervenção no Estado do Pará, o deputado estadual, Arnaldo Jordy (PPS) diz que respeita a decisão do Tribunal de Justiça do Estado, mas considera que qualquer intervenção é um ato que agride a soberania de um Estado, porque destitui a autoridade daquele que foi ungido, por meio do voto, pelo Estado democrático, uma conquista conseguida a duras penas no país.
O parlamentar se mostrou também surpreso com o motivo pelo qual teria sido aprovada a intervenção: “Se a intervenção fosse pela situação caótica em que se encontra a segurança pública ou a saúde no Pará daria até para entender o ato, mas pelo não cumprimento de um mandado de reintegração de posse de fazendas, muitas das quais sob suspeita de lavagem de dinheiro, é difícil de compreender”, afirmou, lembrando que entre as fazendas está a do Grupo Santa Bárbara, do banqueiro Daniel Dantas, com grande influência nos círculos políticos de Brasília.
Arnaldo Jordy também lamentou o fato de não existir uma política efetiva de reforma agrária no país, com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) tendo se transformado no Pará em uma indústria de caridade, servindo apenas de moeda de troca para políticos, sem que nada aconteça. "Isso que é tragédia no Estado do Pará, uma das maiores regiões latifundiárias do Brasil", reforçou, lembrando também que é tragédia a morte de bebês na Santa Casa, os jovens sendo executados na rua, megatraficante solto e o caos do sistema de Segurança Pública. "No entanto, a intervenção ocorre por não cumprimento de mandado de reintegração de posse envolvendo pessoas influentes e terras sob suspeita de ilegalidade", afirmou em tom de surpresa.

Fonte: Assessoria Parlamentar

2 comentários:

Anônimo disse...

Não atinge, não.
Tanto assim que tem previsão constitucional.
O que atinge o Estado Constitucional Democrático são outras questões....

Anônimo disse...

O que agride a democracia é o não cumprimento de decisão judicial, isso sim! O resto é democratite!