terça-feira, 10 de novembro de 2009

Escola protesta na BR

No AMAZÔNIA:

Estudantes da Escola Estadual Rainha da Paz, no bairro de Águas Lindas, interditaram ontem uma das pistas da rodovia BR-316. Eles reivindicavam mais segurança na escola, que já foi arrombada cinco vezes este ano, além de melhorias na estrutura física do prédio. Segurando cartazes com frases de protesto, os alunos saíram em caminhada pelas ruas do bairro. O destino dos manifestantes foi a rodovia, que teve uma das pistas ocupada.
O trânsito ficou interditado no local e um longo engarrafamento se formou. Após 15 minutos de bloqueio, a pista foi liberada pelos manifestantes. 'Estamos completamente abandonados, pois o colégio só tem um vigilante, que não dá conta de fazer toda a segurança do prédio. Até mesmo a fiação elétrica foi roubada das salas de aulas', contou a estudante Maria Dalva Rodrigues. Segundo ela, além da insegurança que ronda a escola, os alunos ainda sofrem com a falta de estrutura no prédio do colégio. 'Temos inúmeros problemas, como por exemplo, na área de entrada da escola, que sempre fica alagada em dias de chuva. Os alunos cadeirantes e os de idade sentem dificuldades em entrar. A escola precisa de uma reforma urgente', afirmou a estudante.
O aluno Andrei dos Santos, de 11 anos, reclamou da falta de água e energia no estabelecimento de ensino. 'Somos liberados antes do horário, pois não tem como assistir aula em uma sala quente e escura, sem falar que não temos água para beber', lamentou o menino.
A direção da escola alega ter encaminhado diversos ofícios à Secretaria de Educação do Estado (Seduc) comunicando sobre os problemas existentes no local. 'A Seduc tem conhecimento sobre a nossa situação, mas até agora nada foi feito para resolver os problemas. O prédio precisa de reforma e só temos um vigilante trabalhando para garantir a segurança', declarou Maria de Lurdes, diretora da escola.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informa que a escola Rainha da Paz, em Ananindeua, funciona em regime de convênio com a secretaria e que o prédio que abriga as instalações da escola não é de sua propriedade.
Nesse sentido, a secretaria informa que será feita uma avaliação nas cláusulas contratuais que regem o convênio para que se possa identificar medidas que permitam manutenção mais ampla do prédio dentro do acordo estabelecido.
Informamos também que esta secretaria realiza pequenas e médias intervenções estruturais sempre que necessário na escola e que, apenas em 2009, já foram feitos cinco atendimentos pela Coordenadoria de Rede Física da Seduc à instituição.

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