No AMAZÔNIA:
O cenário está armado para o São Raimundo, popularmente conhecido como Pantera, dar o maior salto de sua história. Às 16 horas de hoje, no estádio Colosso do Tapajós, o time santareno enfrenta o Macaé, do Rio de Janeiro, precisando vencer por até 2 a 1 para ficar com o inédito título da Série D do Campeonato Brasileiro. Se ganhar por 3 a 2, placar do jogo de ida em Volta Redonda-RJ, a decisão vai para os tiros livres da marca do pênalti. O time carioca também será campeão se perder por diferença de um gol com placar superior a 3 a 2 ou se empatar por qualquer escore.
Se conquistar o título da Série D, o Pantera entrará para a galeria dos clubes paraenses campeões nacionais - Paysandu, Tuna e Remo. Ao se classificar para as semifinais da Série D, o time santareno garantiu vaga na Série C do próximo ano. Papão e Águia também disputarão a competição.
Além do faro de gol de Michell, da cadência de Luiz Carlos Trindade e de 'São Labilá', o São Raimundo terá um reforço de peso, que normalmente faz diferença em decisões: sua numerosa torcida, que promete logar o Colosso do Tapajós e soltar o grito de guerra para ajudar a equipe comandada pelo técnico Lúcio Santarém chegar ao título. O público deve atingir 16 mil torcedores, mas a previsão é que a decisão seja assistida por aproximadamente 20 mil pessoas, incluindo credenciados e penetras.
Para chegar à decisão da Série D, o Pantera escreveu certo por linhas tortas. Em plena competição, perdeu o técnico Válter Lima para o Paysandu. Contratou Arthur Oliveira, que reclamou muito das condições de trabalho e terminou deixando o clube. Carpegiani Sarmento assumiu interinamente e não deixou a peteca cair. Válter Lima não aceitou retornar, depois da desclassificação do time bicolor da Série C, e a diretoria do clube resolveu apostar num velho conhecido da torcida - Lúcio Santarém, que não teve medo de pegar a batata quente e levou o Pantera à decisão inédita contra o Macaé.
Além do problema com treinadores, a diretoria do Pantera enfrentou revolta dos jogadores por causa de salários atrasados e premiações. Michell chegou a ameaçar não entrar em campo contra o Alecrim, em Santarém, mas o problema foi contornado.
Para quem já superou problemas de toda ordem, ganhar do Macaé por 1 a 0 ou 2 a 1, empurrado por sua torcida, parace não ser tarefa do outro mundo.
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