segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Ato denuncia erros médicos

No AMAZÔNIA:

Amigos e parentes de vítimas de erros médicos foram às ruas pedir o fim da impunidade e a humanização dos serviços de saúde. Cerca de 200 pessoas caminharam pacificamente da praça Santuário, em Nazaré, até a praça da República, panfletando e chamando atenção para equívocos trágicos de profissionais de Medicina. A presidente da Associação Paraense Contra o Erro Médico (Aspacem), Inês Pires Teixeira, diz que há três meses, quando a entidade foi criada, cerca de cem casos foram registrados. Mas as estatísticas são muito piores, afirma.
A ideia da associação nasceu com a experiência de Inês. Ela perdeu a filha no que ela define como três erros: 'Imprudência, negligência e abandono'. Aos 25 anos, Roberta Pires de Miranda morreu vítima de procedimentos errados que deveriam curar uma anemia. A troca do sangue correto por um tipo diferente e incompatível levou a moça à morte. 'Além da imprudência, ainda houve o abandono do caso pelos médicos que deveriam por dever salvar a vida de minha filha', contou. A tragédia familiar se transformou em forças para fundar a Aspacem, que vem recebendo vários casos em todo e Estado e tem orientado, sobretudo, sobre como apurar o erro médico e quais medidas judiciais tomar contra quem provocou o dano. Inês explica que a entidade tem a função de chamar a atenção das pessoas para a necessidade de fiscalizar e lutar por um atendimento mais humano. 'Somente com a população olhando de perto o atendimento e exigindo um atendimento mais humano é que poderemos mudar essa situação', afirma.
A manifestação também foi conduzida pela ONG Saúde, Vida e Justiça que, segundo Inês, está focada em ações educativa para prevenção do erro médico. Na caminhada, muitas histórias de erros que ceifaram vidas ou deixaram sequelas. Dentre os casos, o do professor universitário João Bosco Miranda, que ficou cego do olho esquerdo em uma cirurgia de catarata. 'Hoje estou inválido e luto por justiça', diz ele, que levou o caso à justiça contra o oftalmologista que o operou e que já entrou com recurso por uma condenação penal por dois anos e meio e ainda será julgado na ação cível movida pela vítima.
A passeata teve a presença de representantes do Encontro Unificado de Vítimas da Impunidade (Euvi), coordenado por Wilson Caetano, de São Vicente, no litoral paulista. Ele diz que movimentos como o encabeçado pela Aspacem são importantes e juntam forças para lutar pela punição de crimes no Brasil. Ele teve a filha de 13 anos assassinada em um assalto.

3 comentários:

Anônimo disse...

Será que podes me informar como entro em contato com este(s0 grupo(s). As notícias não trazem endereço e minha procura na internet sempre acaba nas notícias sem endereços. Te agrdeço muito.

Poster disse...

Infelizmente não sei, amigo.
Mas sugiro que você entre em contato com a redação do jornal (091) 3216-1128.
Abs.

Anônimo disse...

Obrigado