terça-feira, 24 de novembro de 2009

Até quando, Excelências? Até quando?

Falta, no Brasil, dinheiro para tudo: saúde, educação, transporte, esporte, moradia e tudo o muito mais...
...mas, porém, toda via, não falta pra eles. Até quando?


A constatação acima é do leitor Lafayette Nunes.
Em quê Lafayette, digamos, se inspirou para fazer essa constatação?
Inspirou-se na matéria abaixo, disponível na Folha Online:

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Ao menos sete deputados usaram verba da Câmara em campanhas eleitorais
Documentos secretos obtidos pela Folha por determinação judicial apontam que ao menos sete parlamentares usaram recursos da Câmara dos Deputados para custear gastos em campanhas eleitorais de 2008. A informação é da reportagem de Alan Gripp e Ranier Bragon para a Folha desta terça-feira.
De acordo com a reportagem, os deputados Fernando Gabeira (PV-RJ), Jader Barbalho (PMDB-PA), Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), Narcio Rodrigues (PSDB-MG), Giovanni Queiroz (PDT-PA), Fábio Ramalho (PV-MG) e Paulo Rocha (PT-PA), envolvidos nas eleições do ano passado - seja em suas próprias candidaturas ou no apoio de candidatos aliados - utilizaram verba destinada a atividades parlamentares para alugar carros e aeronaves em campanhas e em hospedagem de assessores em hotéis.
Os valores gastos vão de R$ 2 mil a R$ 28 mil. A maioria dos candidatos alegou à reportagem que as despesas correspondem a custos do próprio mandato, e não de campanhas eleitorais.

Empresas de fachada
Reportagem da Folha deste domingo revelou que 25 deputados apresentaram notas de empresas de fachada ou com endereços fantasmas, tendo como objetivo se beneficiarem da verba.
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), decidiu enviar os casos para a Corregedoria da Casa. Os deputados envolvidos alegaram que os serviços foram prestados e que as empresas responsáveis pelas notas fiscais devem responder por eventuais problemas.
O Conselho de Ética da Câmara julgou, em julho, um caso de suspeita de uso irregular da verba indenizatória. O deputado Edmar Moreira (PR-MG), que acabou sendo absolvido pelo conselho, exibiu notas de suas próprias empresas de segurança para justificar gastos de R$ 230,6 mil com a verba indenizatória. A suspeita era a de que os serviços não foram prestados. O deputado foi absolvido.

2 comentários:

Anônimo disse...

Como exigir educação e respeito dos nossos jovens e crianças? Como acreditar no fim da miséria e da violência? Como ainda acreditar em partidos, instituições e eleições?
Como, mais ainda, propor educação para a cidadania???

Para as pessoas minimamente bem informadas, é impossível. Tudo quebrou de vez.

Nós tivemos, no Brasil, um partido limpo, na sua origem, realmente comprometido com as causas populares, de gente íntegra, ética e honesta, de gente que acreditava em projetos sociais, em sonhos realizáveis, em transformações viáveis, não reféns do pragmatismo, mas como metas estratégicas, acumulando forças, avançando as consciências populares e retirando da condição de miseráveis sociais e políticos a maioria do povo brasileiro.

A que se reduziu esse partido? A um grande palanque eleitoral. E a pequenos palanques eleitorais. E a mandatos, cabides de emprego, corrupção, clientelismo, dominação política, peleguismo e toda sorte de maracutaias, antes denunciadas, sustentadas pela propaganda imunda e tão enganosa como qualquer outra, antes denunciada...

Foi pra isso??? Foi pra isso que caminhamos carregando bandeiras, crenças, palavras de ordem??? Foi pra isso que renegaram mais de 20 anos da mais bela experiência brasileira em termos de organização social e política e que capitaneava tantas outras organizações, movimentos sociais, sindicais, ongs, esperanças em seu entorno... Foi pra acabar nesse cinismo que hoje vemos?

Imagino se que quando essa onda vermelha passar (e passará, porque tudo passa) alguns desses antigos líderes populares terão a mínima coragem de olhar para trás e avaliar, com algum requício de consciência, tudo o que se jogou na lata de lixo...

Lafayette disse...

Honrado, Paulo, pela leitura. Lá, "tua hora chegou". réréré