No AMAZÔNIA:
Vários conselheiros do Remo, tidos como cerdeais do clube, se reuniram secretamente ontem à noite para tratar da sucessão do presidente Raimundo Ribeiro. O tema principal deste encontro seria a criação de uma junta governativa para assumir o comando do clube.
Enquanto isso, em outro ponto da cidade, dois nomes foram lançados como candidatos à presidência do clube: o do empresário Pedro Minowa e o do coronel Orlando Frade, ex-comandante do Corpo de Bombeiros e ex-dirigente do Remo.
'Serei candidato. Acho que o ideal seria que o Carlos Rebelo fosse esse candidato, mas ouvi falar que ele não quer mais. Se for assim, inscrevo minha chapa tendo Almir Pontes como vice na quarta-feira (amanhã)', bradou Minowa em entrevista a uma emissora de rádio.
O lançamento das candidaturas aqueceu de vez a prévia eleitoral remista. As maiores autoridades do clube debatiam a criação de uma junta governativa sem jamais imaginar que alguém poderia pensar em enfrentar o pleito com qualquer desses cardeais.
Com a decisão de Minowa e Frade, ficou certo que até amanhã, data limite para inscrições de chapas, o Clube do Remo terá, sim, uma eleição concorrida.
Com a recuada de Rebelo, ganha corpo a possibilidade de o ex-presidente Raphael Levy encabeçar uma chapa. 'Só serei candidato se as pessoas que estavam nessa reunião assim quiserem e se unirem em torno do meu nome', afirmou.
Não era isso que os chamados cardeais azulinos queriam. Pelo menos neste momento. Levy já era um nome forte e de consenso entre eles, mas os cartolas queriam primeiro a formação de uma junta governativa para trabalhar até o final do ano com a atual presidência para tomar pé de todos os problemas do clube, numa espécie de transição.
Levy revelou que realmente não havia um candidato apontado pelo grupo que se reuniu secretamente ontem. 'Não chegamos a uma decisão. Estamos em reunião permanente e até quarta-feira essa chapa será lançada. Os nomes estão sendo escolhidos com muito cuidado. Não podemos errar', acrescentou.
Em 2006, Levy foi derrotado em eleição por Raimundo Ribeiro, justamente por causa do apoio que teve dos cardeais remistas.
Pedro Minowa e Orlando Rebelo já falavam ontem como candidatos. 'Muitos dos cardeais não gostam de mim. Eles sabem que se derem brecha para mim eu serei reeleito para um segundo mandato. Mas sei que será muito difícil para mim. Se cometer metade dos erros das duas últimas adminstrações serei cassado na hora', disse Minowa.
'Minha vida sempre foi de desafios. Ainda estou em condições de trabalhar em prol de uma entidade como o Remo', completou Frade.
Um comentário:
O cenário atual, com reuniões de grupos e grupinhos, de "cardeais" (não tem "arcebispos" nem "bispos"?) e até de solitários "franciscanos" reflete bem a colcha de retalhos esfarrapados em que se encontra o Clube do Remo. A maioria falando em união e aglutinação mas ninguém se dispõe a descer dos estilhaçados e rotos pedestais, alguns até tentando captar outros "eleitores" que não para a eleição remista.
É muito triste assistir o outrora unido Remo agora se desfazendo em egoísmos e interesses menores.
Rezemos para que a nossa santinha querida ilumine essas cabeças que "se acham" os donos do clube possam cair na real e se unam no objetivo maior que é soerguer o querido Leão Azul.
Saudações Azulinas.
Postar um comentário