No AMAZÔNIA:
Apesar de muitos creditarem ao técnico Dário Lourenço a fama de ser retranqueiro, ele rechaça esse rótulo, citando como exemplo os tempos de Volta Redonda-RJ. Ele também coloca o próprio Paysandu como exemplo de que joga para frente. 'Dizem que sou retranqueiro. Que retranqueiro é esse que fez de um time como o Volta Redonda um dos melhores ataques do Campeonato Carioca em 2006? Fiz a mesma coisa no Vasco, com um ataque que tinha Valdiran e Romário. Isso ninguém fala', desabafa.
'São números expressivos e ninguém comenta. Às vezes isso tira a gente do sério, mas são coisas do futebol', disse o treinador, que pediu um pouco de paciência e garantiu não ser covarde, apenas responsável.
A principal reclamação dos torcedores é a de que o Paysandu pouco agride os adversários, quase não cria chances de gols e só foi bem em jogos nos quais teve o apoio da torcida, na Curuzu ou no Mangueirão. Como acabou levando uma virada de 3 a 2 no jogo contra o Águia, há dois domingos, depois de sacar um atacante (Samuel Lopes) para colocar em campo um zagueiro (Beto), a pressão ficou forte por mudanças no trabalho de Dário Lourenço.
'Não concordo que falta coragem. O homem tem de ter coragem, mas acima de tudo responsabilidade. Estamos tentando dar os passos de acordo com o tamanho de nossas pernas', afirmou o técnico do Paysandu, que ganhou um pouco de moral depois da vitória de anteontem, diante do Luverdense, quando mandou o time para o ataque em busca da virada.
Dário Lourenço já vem, faz alguns dias, pedindo apoio da torcida. Até mesmo para alguns jogadores como o meia Rico e o atacante Fábio Oliveira, que chegaram a ser vaiados por torcedores durantes treinamentos na semana passado. 'Temos de criar um bom ambiente, e isso passa pelo apoio do nosso torcedor. Isso dará aquela confiança que o jogador precisa', exigiu o treinador.
Outra bronca da torcida é quanto aos reforços. Dário costuma pedir a contratação apenas de jogadores com os quais já trabalhou. Foram os casos do volante Rodrigo Costa e dos atacantes Valdiran e Douglas. Todos já dispensados pelo Paysandu.
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