sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Segurança reforçada nas escolas

No AMAZÔNIA:

A Polícia Militar mudou esta semana a estratégia de segurança escolar e aumentou o efetivo, numa tentativa de conter a violência, que já causou a suspensão de aulas e levou a manifestações públicas. Os policiais saíram do interior das escolas para a vigilância externa e receberão diária para trabalhar durante as folgas. Segundo o coronel Raimundo Silva, do Comando de Policiamento Especializado (CPE), as medidas começaram a ser implantadas na última segunda-feira, 1º.
Ele diz que a estratégia tenta conciliar a necessidade das escolas e a da PM. As unidades precisam de mais segurança, enquanto a instituição não tem pessoal suficiente para atender todas. Pelas contas do coronel, seriam necessários 2,2 mil policiais para montar plantões nos três turnos escolares das 500 escolas estaduais e cerca de 200 municipais. A divisão considera apenas a Região Metropolitana de Belém (RMB).
Diante do impasse dos números, nos últimos meses o policiamento escolar priorizou as unidades onde a violência era mais forte. Foram identificadas as 'zonas vermelhas', mas a avaliação policial é que, embora os crimes menos ofensivos tenham apresentado queda de registros, os mais graves passaram a preocupar. Nos últimos dois meses, foram registrados até assaltos com mortes. Na semana passada, houve a invasão criminosa da escola Brigadeiro Fontenele, na Terra Firme. Na quarta-feira, 3, houve a tentativa de assalto armado à escola Dilma Catette, no conjunto Pedro Teixeira, e assalto armado a um aluno da escola Antônio Moreira, em Val-de-Cães.
O jeito, então, foi reformular a conduta policial. Como foi percebido que os problemas estavam acontecendo mais fora da escola do que dentro, os policiais agora atuam ao redor, com apoio de motos e viaturas - quatro próprias e outras das Zonas de Policiamento (Zpol). Escolas com menor gravidade são monitoradas por dois policiais e as localizadas nas zonas vermelhas passam a ter três.
Para aumentar o efetivo, o Comando de Policiamento da Capital promete pagar rendimento extra aos policiais que aceitarem trabalhar durante as folgas. Essa medida já havia sido aprovada pelo CPE desde abril deste ano. A proposta aprovada à época previu pagamento de diária de R$ 45, o uso desse expediente por até oito vezes no mês, para cada policial. A expectativa era ganhar mais 60 agentes na ronda escolar, mas agora a estimativa é chegar a 80. Não há um plano de metas, mas para o coronel Silva, a expectativa é ver o número de registros reduzir. Ele afirma que alguns professores e funcionários de escolas já comunicaram melhorias nos últimos dias.

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