segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Secos & molhados. E um trabuco no meio do caminho.

Na coluna “Tutti Qui”, em O LIBERAL de ontem, domingo:

REAÇÃO
Família


Numa família de supermercadistas da cidade, um sobrinho demitido pelo tio quase provoca uma tragédia. Errou ou tiro. Os dois foram parar na delegacia.


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Do Espaço Aberto:
Diferenças de ordem, digamos, comercial é que teriam resvalado para a linguagem do trabuco, na disputa entre tio e sobrinho, integrantes de família que controla rede de supermercados líderes de vendas – ou um dos líderes - em Belém.
Uma das versões do incidente dá conta de que, ao descobrir que o sobrinho abrira uma firma e estava, na condição de fornecedor, superfaturando nas vendas ao próprio supermercado, o tio, indignado, foi tomar satisfações com o parente.
Pois o sobrinho passou a mão no revólver e recebeu o tio a bala. Felizmente, como diz a nota acima, não houve maiores conseqüências.
Mesmo assim, houve registro da ocorrência na polícia.
Aliás, havia.
A ocorrência, pelo menos até agora, está igual à Conceição da música do Cauby: ninguém sabe, ninguém viu.
Mas o incidente que resultou no tiro teria sido, segundo outra fonte ouvida pelo blog, apenas a gota d'água para uma situação crescente de desgaste no relacionamento entre o pai do atirador e o irmão - no caso, o alvo do tiro e tio do rapaz que apertou o gatilho.
O pai do atirador - e por extensão toda a sua família - guardaria há muito tempo ressentimentos em relação ao restante da família, porque não teria, como os demais irmãos, alcançado o reconhecimento e projeção como empreendedores que os outros alcançaram.
Isso tudo são versões, que fique bem claro.
Mas que houve um sobrinho, um tio, um revólver, um tiro e um boletim de ocorrência, é fato que houve tudo isso. São fatos.
E contra fatos, ninguém briga.
Contra fatos, ninguém deve brigar e muito menos dar tiro.
Ou tiros.

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