sábado, 6 de setembro de 2008

Santarém ficou próxima do colapso por causa de ação do Ibama

Há cerca de três dias, Santarém esteve muito próxima do colapso por causa da suspensão no fornecimento de combustível.
Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), como se fosse numa razia combinada, deram uma incerta e lacraram pelo menos quatro postos de combustível. No ato. Lacração total das bombas.
Num dos postos, o fiscal, depois de escarafunchar tudo e não ter encontrado qualquer anormalidade, qualquer senão que justificasse uma autuação, estava quase de saída quando se lembrou de pedir alguns documentos. Ao consultá-los, constatou que o pedido de renovação da licença de funcionamento, que deveria ser encaminhado à Sectam 120 dias antes do prazo expirar, foi remetido à secretaria 30 dias antes.
Foi o bastante para o fiscal fazer ele próprio o que colegas dele fizeram em outros postos: passou o lacre nas bombas e foi embora.
O posto lacrado fornece combustível para ambulâncias, para os Bombeiros e para várias secretarias de governo. A empresa teve que ingressar com mandado de segurança na última quarta-feira.
A Justiça não apenas concedeu a liminar pleiteada contra os excessos da fiscalização do Ibama como autorizou a própria empresa arrancar os lacres, que - se quisessem os donos do posto - poderiam ser jogados na sarjeta mais próxima.
A exação – o rigor desmedido, que se aproxima da arrogância e da irresponsabilidade criminosas – na cobrança de um dever por funcionário público no desempenho de suas funções não apenas é excesso punível. Além disso, revela total irresponsabilidade em casos em que a coletividade, toda ela, corre o risco de expor-se a graves conseqüências.
Felizmente, há Justiça para reparar casos escabrosos como esse.

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