Na FOLHA DE S.PAULO:
Em 2004, o resultado foi um fiasco. Neste ano, no entanto, as mulheres podem mudar o quadro desfavorável a elas nas capitais. Hoje, há quatro mulheres liderando a disputa para as prefeituras, segundo o Datafolha e o Ibope. Outras seis aparecem em segundo lugar -em Porto Alegre, duas disputam uma vaga no segundo turno.
Nas eleições passadas apenas Luizianne Lins (PT) saiu vitoriosa, em Fortaleza. Candidata à reeleição, ela é uma das que aparecem na frente na disputa.
Em Natal, a vitória feminina é dada como certa. Segundo o Ibope, Micarla de Sousa (PV) tem 50%. Em segundo está Fátima Bezerra (PT), com 25%.
Marta Suplicy (PT) é a favorita em São Paulo e vê os dois rivais, Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM), lutarem pela segunda posição.
Em Belém, a disputa é mais acirrada. Valéria Pires Franco (DEM) está na primeira posição, mas empatada tecnicamente com Duciomar Costa (PTB), que tem a seu favor o fato de concorrer à reeleição.
Para a cientista política Vera Chaia, da PUC-SP, as líderes nas pesquisas "se diferenciam do perfil das que ganham espaço na vida política apenas em razão de seus maridos ou pais".
Além de Manuela D'Ávila (PC do B) e Maria do Rosário (PT), que disputam vaga no segundo turno em Porto Alegre, e de Fátima, Gleisi Hoffmann (PT, Curitiba), Nilmar Ruiz (DEM, Palmas) e Jô Moraes (PC do B, Belo Horizonte) aparecem em segundo lugar.
"A mulher tem a contribuir com a sensibilidade, o cuidar, o criar", diz Micarla.
Para Sônia Malheiros, subsecretária de Articulação Institucional da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, da Presidência, "essas candidaturas despontando ainda são exceções, mas começam a aparecer em maior número, o que indica processo de mudança".
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, 51,7% do eleitorado (67,5 milhões) é feminino -4,7 milhões a mais que os homens.
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