sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Falta saneamento no Pará

No AMAZÔNIA:

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem, mostra que o Pará tem um dos piores índices nacionais de saneamento básico. Metade dos 1.851 domicílios ainda não tinham água encanada e 43% não dispunham sequer de fossas que permitissem o esgotamento sanitário, em 2007.
Em relação ao abastecimento de água, a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad/IBGE) revela que o déficit foi de 50,8% dos domicílios paraenses. Houve uma pequena queda em relação ao ano anterior, quando 51,8% dos lares era desabastecido.
Em números absolutos, se passou de 845 mil domicílios não atendidos pelo serviço de abastecimento para 911 mil. Em 2005, ano de outra publicação do IBGE, o quadro era um pouco melhor, mas ainda se teve o índice de 43,5% de lares sem água.
Com esse desempenho, o Pará ainda figura entre os Estados com atendimento mais precário. No ano passado, só ficou atrás de Rondônia, o Estado com pior índice nacional (39,7% de atendimento). No país, a média de atendimento da população foi de 83,3%.
Em relação ao esgotamento sanitário, a pesquisa revela que 1.061 dos domicílios paraenses dispunham de rede coletora ou fossa séptica no ano passado e 999 mil em 2006. Essa cobertura representou 57,3% dos lares em 2007 e 57% no ano anterior.
Dessa vez a pesquisa não detalhou o tipo de esgotamento que predomina nos Estados, por região, a Norte teve 45% dos domicílios com fossas, em 2007; 9,8% ligados à rede e 45,3% sem nenhuma delas, mas pesquisas anteriores já apontaram que há muito mais fossas sépticas do que ligações residenciais para redes coletivas de tratamento.
Em 2005, por exemplo, 62% dos lares da Região Metropolitana de Belém utilizavam fossas. Outros 29,5% estavam ligados à rede pública e 7,9% utilizavam outros meios para se livrar dos degetos, como a queima ou o despejo diretamente na rua. Em todos os levantamentos, o desempenho do Pará é ruim. No ano passado, ocupou a 14ª posição entre os 27 Estados brasileiros. O melhor desempenho ficou com Brasília (95,1% de atendimento), seguido de São Paulo (93,6%). Mato Grosso é o pior, com atendimento de apenas 26,1% dos domicílios.

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