sábado, 6 de setembro de 2008

Duas mulheres mortas. Uma foi jogada na fossa.

No AMAZÔNIA:

A doméstica Deizemary Monteiro da Silva, de 24 anos, foi assassinada a tiros, na madrugada de ontem, em frente à casa de número 7 da rua São Luís, no Heliolândia Urbana, Distrito Industrial de Ananindeua. De acordo com testemunhas, três estão envolvidos no crime. Os apelidos de dois deles já estão nas mãos da polícia: 'Tamuatá' e 'Olé', ambos apontados pela comunidade como suspeitos de vários outros crimes no Distrito. A polícia também investiga uma possível participação do ex-marido da vítima no crime. O casal, separado há pouco tempo, foi visto brigando no dia anterior ao assassinato.
Deizemary estava separada do marido, um motorista de prenome Nilton, há cerca de uma semana. O casal tem um filho de pouco mais de um ano e, segundo amigos dela, o ex-marido não aceitava o fim do relacionamento. A última vez que o pai de Deizemary a viu com vida foi na tarde da última quinta-feira, quando ela saiu da casa dele, na rua E do Heliolândia Urbana, para deixar o filho com Nilton. 'À noite, ela não voltou para casa, mas pensei que estava com as amigas em alguma festa. De manhã, já soube só da notícia', contou Raimundo Paulo da Silva, de 51 anos.
Amigos contam que Deizemary encontrou-se com Nilton às 17h30 de quinta-feira, na avenida Zacarias de Assunção, principal via do Distrito Industrial. Depois de entregar o menino e uma bolsa com as coisas da criança ao pai, ela teve com ele uma discussão acalorada, testemunhada por várias pessoas.
No início da noite, Deizemary se encontrou com uma amiga. As duas saíram para uma festa e só retornaram na madrugada de ontem, por volta das 3 horas. A caminho de casa, as duas teriam encontrado com 'Tamuatá', 'Olé' e um terceiro suspeito ainda sem identificação. Testemunhas que preferem não ser identificadas garantem que o trio portava um revólver e uma faca. Houve um bate-boca com os três suspeitos por motivo que as testemunhas não souberam informar. Mas, alguns minutos depois, as duas continuaram seu percurso.
Aviso - Em seguida, Deizemary encontrou o amigo José Ribamar de Oliveira, de 60 anos, dono da casa em frente à qual ela seria assassinada minutos depois. 'Eu vi que aquilo (a briga com o trio de suspeitos) não ia terminar bem. Mandei que elas fossem logo lá para a minha casa passar a noite. Elas concordaram, mas ficaram conversando na porta de casa. Eu ainda avisei que era perigoso, que eles poderiam voltar, mas elas não pareciam preocupadas. Daí entrei em casa e não vi mais nada. Minutos depois ouvi uns três ou quatro tiros. Quando corri para a rua, ela já estava morta no chão. Não vi ninguém. Só ouvi os tiros', diz José Ribamar, sem fazer acusações.
Na rua São Luís há quem desconfie que Nilton possa ter encomendado a morte da ex-mulher. 'Nada foi roubado dela. Além disso, a amiga que estava com ela não sofreu nenhum arranhão. Parece coisa encomendada porque só atiraram na ‘Deize’ mesmo', comentou uma moradora que prefere se manter anônima. O caso foi registrado na Seccional de Ananindeua, onde será investigado.

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