sábado, 6 de setembro de 2008

Desfile teve megaoperação

No AMAZÔNIA:

Ainda não era o desfile militar da Independência, mas o número de policiais armados nas ruas para garantir a segurança do Dia da Raça, ontem, na Aldeia Amazônica, era de impressionar. Quinhentos policiais militares, entre cavalaria, canil, e companhia de policiamento escolar, trabalharam ao longo do trajeto dos desfiles e nas principais vias de acesso. A segurança reforçada garantiu a ordem para as famílias que se reuniram para assistir à marcha das escolas, apesar do confronto de três escolas nas imediações. Na Aldeia alguns alunos foram detidos por levar bebidas alcoólicas para o desfile.
A megaoperação do Dia da Raça contou ainda com 80 bombeiros, 30 guardas municipais e outros 30 agentes da Ctbel, além de uma UTI móvel e uma Unidade de Suporte Básico. De acordo coordenador do Núcleo de Esporte e Lazer, Raimundo Pena da Gama, a Secretaria Estadual de Saúde reforçou, ainda, o atendimento no posto de saúde da Pedreira, na Pedro Miranda, especialmente para o evento.
Durante a apresentação, estudantes da Escola Estadual Augusto Meira fizeram um protesto contra a violência, quando tiraram o uniforme e exibiram o luto em frente ao palanque das autoridades, momento em que a banda do colégio entoou a marcha fúnebre. Eles desfilaram com faixas pedindo paz e relembravam a morte do estudante José Ademilson, ocorrida após tentativa de assalto em frente à escola.
O policiamento nas áreas de concentração e dispersão de alunos foi reforçado pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. O objetivo era evitar os confrontos entre estudantes, que em anos anteriores mancharam os desfiles do Dia da Raça. O que acabou ocorrendo, não na área do desfile, mas em rua próxima, quando estudantes de três escolas estaduais confrontaram-se com pedras, pedaços de pau e rojões em plena travessa Lomas Valentinas, entre as avenidas Visconde de Inhaúma e Marquês de Herval, na Pedreira. O trecho transformou-se em um verdadeiro campo de batalha por mais de dez minutos, assustando moradores e transeuntes que tentavam se defender da pancadaria. Dois veículos foram danificados no confronto entre os estudantes.
De acordo com populares, mais de 30 alunos das escolas Visconde de Souza Franco, D. Pedro II e Lauro Sodré brigavam sem se importar com a movimentação de carros e de pessoas, só dispersando quando chegaram viaturas da Delegacia da Mulher (Deam/Polícia Civil), do Grupo Pronto-Emprego (GPE/Polícia Civil) e Polícia Militar. Alguns deles ainda tentaram invadir a clínica de um plano de saúde para se esconder de rivais durante o embate.
'Estava no portão quando eles passaram correndo. Um jogava pedra no outro. Tinha até rojão de dois tiros. Eu nunca tinha visto isso aqui. Teve um pessoal que tentou correr para dentro da clínica pensando que era até assalto. O pessoal ficou apavorado', contou o porteiro Vítor Barros.

4 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia, caro Paulo:

a leitura de hoje estacionou aqui. Para ler e reler, e até para tentar resistir comentar. Mas uma coisa salta na cara: será que alguém vai se preocupar em avaliar - para além das cabíveis punições aos baderneiros -que escola é essa que construímos, que dissemina a truculência?

Caramba!

Abração.

Poster disse...

Bia,
Tudo é de meter medo: a violência, a qualidade do ensino, a disseminação da truculência, a incapacidade da escola em fazer frente a uma impressionante deterioração de valores que produz cenas como essas, enfim, tudo.
Aonde iremos parar?
Abs.

Anônimo disse...

Isto é infiltração de vândalos de algumas torcidas "organizadas". Mais parece a infiltração da bandidagem nas escolas. Não é a escola que forma esses monstrengos, mas o abandono de décadas e a decadência da infra-estrutura das escolas proporcionam que estes personagens apareçam de vez em quando. Hoje a escola pública está resumida à direção, quando há, ao corpo docente e alguns técnicos em algumas poucas escolas, além do pessoal de secretaria. A maioria dos outros (merendeira, serventes, vigias, etc) que trabalham são terceirizados. A escola já é caso de polícia infelizmente. Porque não enquadrar esses infratores? Por que não mapear esses que promovem arruaça, pois eles têm registro escolar? Por que o serviço de inteligência da polícia não começa a investigar quem realmente torna as escolas inseguras? Se todos os alunos, ou a maioria, estivessem envolvidos em atos como estes, não entraríamos mais nas escolas. É muito fácil dizer que foi aluno de escola tal que promoveu a arruaça e culpar as instituições escolares por atos individuais de jovens infratores. Discordo da opinião acima, pois sou professor e não ensino truculências a meus alunos e nunca soube de algum professor/professora que tenha tal comportamento. Lamentamos que tais fatos aconteçam, mas as ações mais enérgicas não nos cabe tomá-las. Esses bandos se enfrentam há bastante tempo e ninguém (amarelo, vermelho, azul, etc.), quando teve/tem oportunidade de interferir, não fez/faz nada. Faz que não existe ou trata como caso isolado (odeio o termo). Sempre me posiciono sobre estas questões neste espaço e precisamos que a sociedade se envolva, pois já contabilizamos óbitos demais neste ano. A quem interessar possa, INTERVENHAM ENQUANTO HÁ TEMPO, somente a falida estrutura da escola pública não tem como enfrentar mais este grave problema.

Poster disse...

Olá, Alcyr.
Vou postar seu comentário na ribalta, neste domingo.
Abs.