No AMAZÔNIA:
Em ação ousada, quatro homens armados com pistolas invadiram na manhã de ontem o Fórum de Justiça de Marituba para resgatar dois presos que estavam em audiência com o juiz da 1ª vara criminal de Marituba, Homero Lamarão Neto. Uma policial militar foi mantida como refém pela quadrilha durante a fuga. Até ontem de manhã nenhum dos criminosos tinha sido capturado nas buscas feitas nas imediações das margens do rio Maguari, nos municípios de Marituba e Ananindeua.
O resgate ocorreu por volta das 11h30, quando a quadrilha abordou o agente de segurança do Fórum, Pedro Reginaldo da Silva, que perguntou ao grupo sobre o que desejavam no local. Os homens ordenaram ao agente que abrisse o portão de entrada, rendendo também um agente prisional do Sistema Penal e a cabo PM Sílvia Gomes. 'Chegaram forçando o portão. Um deles meteu a arma nas minhas costas perguntando onde estavam os presos', contou à imprensa Pedro Reginaldo. O trio tinha acabado de chegar do Presídio Estadual Metropolitano II (PEM II), em Marituba.
A quadrilha se deslocou até uma cela onde estavam os presos, retirando-os de lá sem problemas. Os homicidas Paulo Ricardo Moraes da Silva, o 'Cara Cortada', e Valdecir Monteiro de Almeida, o 'Neguinho', acompanharam o quarteto, enquanto o terceiro detento, cuja identidade não foi fornecida pelo Sistema Penal, decidiu continuar no Fórum, pois estava prestes a ganhar a liberdade de forma legal. 'Cara Cortada' e 'Neguinho' foram presos por homicídio qualificado.
Os homicidas mataram, no ano passado, um morador de Marituba em frente ao antigo Círculo Militar, na rodovia BR-316, e seriam julgados em breve. A cabo PM Sílvia Gomes foi obrigada a acompanhar o grupo, que escapou em dois veículos. Um deles foi um Palio verde roubado, de placas JVA 2326. Foi visto ainda pelas imediações do Fórum de Marituba uma mulher loura dentro de um veículo vermelho, aguardando o desfecho do resgate.
Segundo informações repassadas na noite de ontem pela assessoria de imprensa da Polícia Civil, integravam o grupo dois homens armados com pistolas automáticas 380, um homem portando um alicate de pressão, usado para cortar as algemas e cadeados, uma mulher de cabelos louros que passou um celular para os presos no momento da ação e ainda há a suspeita da participação de um advogado identificado como José Augusto, que substituía a advogada titular do processo, que teve que ir a Brasília.
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