No AMAZÔNIA:
O réu Kássio Adriano de Jesus Figueiredo, 19 anos, foi condenado ontem à noite a 8 anos de prisão em regime semi-aberto depois de cerca de 14 horas de julgamento pelo assassinato do padre alemão Wolfjoang Johnnes Shermann. A sentença foi comemorada pela irmã do acusado, que preferiu não se identificar por já ser sido discriminada e, segundo ela, perdido dois empregos, e também pelo advogado de defesa, mas considerada quase uma premiação por amigos do padre. 'A gente respeita a decisão do júri e da justiça, mas a nossa consciência nos leva a pensar o que leva um jovem a cometer esse extremo, essa crueldade? São duas vítimas, ele e o padre, da negligência do Estado e da sociedade, então precisamos refletir até quando vamos toelerar isso', declararam Paula Canto e Alberto Sidrim, os únicos amigos do padre presentes ao julgamento. Ninguém da igreja compareceu. O promotor de justiça Miguel Baía, que atuou solitário na acusação, informou que não irá recorrer da sentença.
A irmã de Kássio disse que esperava a absolvição, mas mesmo assim acredita que a sentença vai facilitar a recuperação e a liberdade dele. O advogado de defesa, Raimundo Cavalcante, considerou a decisão do tribunal do júri uma vitória. Ele conseguiu que uma de suas três teses, a de homicídio privilegiado, quando o criminoso age sob forte emoção e desequilíbrio motivado por provocação da vítima, fosse considerada pelos quatro homens e três mulheres que integraram o júri. Com a redução de um ano pelo fato do réu ser menor de 21 anos e mais a redução de um terço da pena inicial, que era de 13 anos, a sentença acabou em 8 anos de condenação. Os jurados também consideraram a tese de crueldade do crime.
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