sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Vereador Paulo Fontes é detido por cinco horas

No AMAZÔNIA:

O vereador Paulo Fonteles (PT) foi acusado de desacatar, ontem de manhã, o delegado de Polícia Civil Arnaldo Mendes, na Seccional da Cremação. O vereador acabou detido. Segundo testemunhas, ele teria agredido verbalmente o delegado quando este se negou a soltar um preso acusado de tráfico de entorpecentes. Paulo e a mulher dele, Angelina Nazaré dos Santos Brandão, chegaram à unidade policial por volta das 7h30. Segundo o delegado, o candidato à reeleição esperava que ele soltasse o ex-marido de sua atual companheira, o músico e professor Priamo de Carvalho Brandão. O músico estaria sofrendo maus-tratos no cárcere.
O delegado Arnaldo negou as acusações de maus-tratos e afirmou não poder fazer nada em favor do preso, pois já havia sido lavrado o flagrante por tráfico de drogas contra Priamo, estando ele agora sob a responsabilidade do Sistema Penal. Inconformado com a posição firme da autoridade policial, Fonteles começou a proferir várias ofensas contra o delegado, que não tolerou a atitude do político e da mulher dele, dando voz de prisão ao casal.
'Ele (Paulo) veio dizer que era amigo pessoal da governadora Ana Júlia e que eu iria me f... Que a governadora saberia disso e eu iria me dar mal. E que cadeia era para pobre e não para rico', declarou o delegado. Arnaldo Mendes disse que se surpreendeu com a atitude de Paulo Fonteles. 'Talvez ele pensasse que estava em uma plenária. Eu conversava calmamente com ele. Não vai dar para voltar atrás no TCO (termo circunstanciado de ocorrência) por desacato', reafirmou Mendes.
Sete testemunhas presenciaram a cena, que revoltou até mesmo quem esperava ser atendido pela equipe policial da Seccional da Cremação para o registro de ocorrência. O serviço gerais Nelson Santos de Castro confirmou o desacato. 'Ele levantou a voz com muita arrogância. Humilhou o delegado. Xingou a polícia, falou da precariedade do Sistema Penal e que o rapaz preso não deveria estar na cadeia porque era um usuário. Ele ainda ofendeu outro investigador. Foi um abuso de autoridade', falou a testemunha. Uma policial militar, cuja identidade vai ser preservada, assistiu à confusão e disse que Fonteles gritava na cara de um dos investigadores da seccional, além de ter chamado o delegado de 'f...'.
Vários partidários de Fonteles estiveram na seccional dando apoio ao vereador. Fonteles permaneceu na Seccional da Cremação por quase cinco horas até o fim da lavratura do TCO contra ele e a mulher por crime de desacato. A delegada responsável pelo procedimento foi Elisete Cardoso. A delegada Márcia Contente, da Corregedoria Geral da Polícia Civil, também acompanhou o TCO.

Um comentário:

Anônimo disse...

Maconheiro por maconheiro é tudo igual. São pessoas como o Príamo Brandão que acabam com a classe musical que já tem fama de ser tudo um bando de maconheiro.