Do Comunique-se
A política nacional apresentada em forma de história em quadrinhos. O infográfico de O Independente, de Portugal, é um dos exemplos de como fazer jornalismo "sério e criativo", segundo o presidente da Society for News Design (SDJ), Javier Errea. O especialista espanhol participou na terça (19 do 7º Congresso Brasileiro de Jornais. "Sem infográfico, não existirá jornal", avaliou Errea.
Para o presidente da SDJ, o infográfico é importante na medida em que, simultaneamente, expõe textos, fotos, desenhos e dados ao leitor.
Errea afirma que o infográfico não deve estar presente apenas nas revistas. "Precisamos converter os jornais em algo especial a cada dia." Ele mostrou modelos de criatividade como as páginas do francês Liberación, do grego Taneo, do norte-americano The New York Times, da revista Fortune. No Brasil, cita a revista Mundo Estranho e o Correio Braziliense. São textos em forma de quadrinhos, jogos e até cruzadinha.
Brincar com o texto não seria perder a credibilidade? O especialista acredita que não, desde que as informações sejam verdadeiras. "Se há rigor na apuração, a credibilidade não pode ser abalada. Os jornais sérios e tradicionais precisam acreditar nisso. O leitor está aberto a tudo", disse.
O essencial, para Errea, é que os jornalistas entendam que cada história pede um formato específico.
A presença de infográficos nas páginas do jornal, no entanto, requer cuidado. Nem de mais, nem de menos. "Páginas mais 'loucas' devem ser misturadas com as mais tradicionais", afirmou Errea.
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