No AMAZÔNIA:
O governo federal comemora a redução de vítimas de acidente e da violência após o rigor da lei seca experimentado nas estradas em julho. Belém está entre as capitais que teve queda de atendimentos no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas os dados da capital paraense ainda são preliminares e não permitem comparação com o mesmo período dos anos anteriores.
Segundo o levantamento feito pelo Ministério da Saúde, o Samu registrou queda de atendimentos de vítimas de acidentes de trânsito em 17 capitais brasileiras. Houve aumento em oito, nenhuma alteração em uma cidade e falta de verificação em outra. O balanço compara os períodos de 21 de maio a 19 de junho com 20 de junho a 19 de julho deste ano.
São Paulo, no Sudeste brasileiro, está entre as líderes em redução, com queda de 49,2% do número de atendimentos realizados pelo Samu no período pós lei seca. Já Recife, no Nordeste, aparece com aumento de 356 atendimentos para 701.
Em Belém, o Samu registrou 262 vítimas de acidente de trânsito atendidas antes da lei e 115 no mês seguinte à legislação que considera intencional a morte causada por motoristas alcoolizados e torna obrigatório o teste do bafômetro em caso de suspeita de direção perigosa associada ao alcoolismo.
Na verdade, a redução verificada pelo Samu também se deu em relação a outros segmentos. Os casos clínicos (relacionados a doenças), por exemplo, caíram de 842 para 632 e os provocados por outros tipos de acidentes tiveram queda de 292 para 230 atendimentos.
O número de pacientes vítimas de violência atendidos pelo serviço também teve uma pequena redução, de 106 para 99. Nesse ponto, a queda repetida em outras capitais fez o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, associar o quadro positivo à lei seca, embora as estatísticas não detalhem se os atos violentos foram induzidos pelo consumo de álcool.
Não há, ainda, no levantamento, informações sobre as áreas dos acidentes, um detalhe importante já que a ação da Polícia Rodoviária para inibir o consumo de álcool se deu nas rodovias federais. No Pará, por exemplo, enquanto o Samu atendeu 262 vítimas, a PRF registrou 140 vítimas no mês antes da lei.
No período após a lei, enquanto o serviço de urgência registrou 115 vítimas atendidas, a PRF (que também conta com o auxílio dos Bombeiros e não só Samu para prestar socorro às vítimas) computou 125 vítimas, sendo que onze delas morreram.
A lei seca, em vigor há 60 dias gerou uma economia ao país de R$ 48,4 milhões no período, segundo balanço da PRF (Polícia Rodoviária Federal) divulgado ontem. O valor economizado com a lei seca equivale a cerca de 200 mil cestas básicas ou um quarto de todo o orçamento da Polícia Rodoviária Federal.
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