terça-feira, 19 de agosto de 2008

Defesa promete surpreender no caso Nirvana

No AMAZÔNIA:

O ex- funcionário do Tribunal de Justiça do Estado do Pará Mário Tasso Ribeiro Serra Júnior enfrenta hoje o júri popular, no Fórum Criminal de Belém, pelo assassinato de Nirvana Evangelista da Cruz, ocorrido em 5 de julho de 2007, dentro de um carro, na rua Municipilidade.
A vítima foi atingida com três tiros, com o que, de acordo com o juiz da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher, Ricardo Salame, na sentença de pronúncia - quando a justiça se convence da existência do crime -, o réu demonstrou 'seu alto grau de periculosidade e após a prática criminosa evadiu-se do local da culpa, demonstrando sua clara intenção em furtar-se a aplicação da lei penal'. Mário Tasso fugiu a pé e foi capturado um dia depois no sítio de um amigo, no município de Benevides.
O veículo onde Nirvana morreu foi restituído no início do mês à proprietária Dinoéia Vieira de Almeida, pois não interessa mais ao processo, já que a perícia foi concluída. A arma do crime não foi encontrada.
Homicídio doloso sem chance de defesa é a tese sustentada pela promotora de Justiça Leane Fiúza de Mello, com base nos laudos do Instituto de Perícias Renato Chaves que comprovam que a vítima estava olhando para frente ao ser baleada. A advogada assistente de acusação, Ely Oliveira, afirma que o crime foi premeditado e que não há nenhum indício de disparo acidental. 'Ele saiu armado ao encontro dela, buscou Nirvana na parada de ônibus e é clara a intenção do crime. Quem atira na cabeça tem intenção de matar'. Para a acusação, não há testemunhas. nem provas que possam contraria tal versão, já que ninguém presenciou o crime, contudo as ameças de Mário à Nirvana, segundo a advogada, sempre foram feitas em público.
Mas o advogado de defesa, Jânio Siqueira, promete surpresas para o júri de amanhã. Um parecer médico legal, assinado pelo perito Luiz Malcher pretende desbancar o atual laudo, inclusive a versão de que Nirvana teria sido baleada de surpresa. 'A tese da surpresa é falaciosa e o parecer vai apresentar outras inúmeras falhas desse atual laudo, que possui uma sucessão de erros', garantiu Siqueira.
O laudo do perito Vamilton Albuquerque, atual diretor do Instituto de Criminalística do Instituto Médico Legal (IML), foi fundamental para a prisão do acusado por mostrar por meio da análise das manchas de sangue que o crime foi premeditado, que Mário não agiu em legítima defesa e que havia intenção de matar, pois os tiros partiram de cima para baixo, com impressão de força.

Mais aqui.

Nenhum comentário: