terça-feira, 12 de agosto de 2008

É certo esse tal Dia do Pendura? Só porque é tradição?

Quinze acadêmicos de Direito foram parar, ontem à noite, na Seccional do Comércio. Estavam num restaurante de Belém e se negaram a pagar a conta de R$ 500,00. Deram calote. Era apenas uma brincadeira. Mas brincadeira séria. Tudo pelo tal “Dia do Pendura”.
Com todo o respeito a Suas Futuras Excelências – dali, espera-se, sairão juízes, membro do MP e tudo o mais -, mas esse tipo de coisa já não está, digamos, deslocado no tempo há muito tempo?
Ah, sim, é tradição. E daí?
Matar o boi na Farra do Boi é tradição. É certo?
Torcida des(organizada), que mata e arrebenta em campos de futebol no Brasil, é tradição. É certo?
Cuspir no chão, na China, é tradição. É certo?
Urinar na rua, em plena rua, à vista de todos, é corriqueiro, é quase tradição em Belém. É certo?
Candidato fazer promessas em campanha e depois não cumpri-las é tradição. É certo?
Roubar – desviar dinheiro público, botar dinheiro dos outros no próprio bolso, aumentar o patrimônio ilicitamente, fazer malfeitorias no exercício de cargo público – é tradição no Brasil. É certo?
Passar calote no “Dia do Pendura” é tradição. É certo?

5 comentários:

J.BOSCO disse...

Fico pensando onde esses futuros "magistrados" se formaram.
Mano,começa aí o gostinho do "vou me dar bem nesses habeas-copos...rs!
Esse papo de tradição do dia do pindura virou esperteza de quem já pensa na banda podre da profissão!!

abs

Anônimo disse...

Uma tremenda bobagem, defasada e fora do contexto, tal qual o famigerado "trote" aos calouros universitários.
Tão errado quanto.

Que tal trocarem por algo útil à sociedade?

Poster disse...

Boscão,
É verdade.
É um ensaio para se darem mal, muito mal.
Abs.

Poster disse...

Anônimo,
Como você bem ressaltou, é uma "tremenda bobagem".
Sem qualquer utilidade.
Abs.

Anônimo disse...

Se um "zé ninguém" qualquer comer, beber e não pagar, ou seja, der o "queixo" como se dizia antigamente, chamam a polícia e o pé rapado vai em cana. No meio desses irresponsáveis têm filho de desembargador, juiz, delegado de polícia, promotor público, médico, dentista, engenheiro, advogado, jornalista, só "gente boa". Se fosse no meu bar ou restaurante, eu mandava dar uma surra de cinto em cada um deles e depois chamava a ambulância para levá-los aos PSM e posteriormente a Polícia para prender esses vagabundos. Afinal, cometeram ou não um crime? E comote crime não merece castigo? Imaginem, futuros bacharéis dio direito. Valha-nos Deus!