quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Sem receber há três meses, trabalhadores da Jari Celulose ameaçam pedir a falência da empresa


Centenas de trabalhadores da Jari Celulose ameaçam aderir ao movimento de pedido de falência da empresa, se não receberem, pelo menos, informações sobre as expectativas de receber salários atrasados há três meses, tema que já objeto de negociações anteriores.
"A situação que estamos vivendo é com certeza análoga à escravidão, muitos trabalhadores estão com a energia elétrica cortada, e sem recurso para alimentação", informa, em ofício datado de 21 de dezembro (veja acima), o presidente do Sintracel (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel, Celulose, Pasta de Madeira para Papel, Papelão e Cortiça dos Estados do Pará e Amapá) , Ivanildo Quaresma Uchôa, que acusa a Jari de descumprir obrigações firmadas com os trabalhadores desde que entrou em recuperação judicial, no ano de 2020, quando sua dívida total beirava os R$ 2 bilhões.
A empresa, que produz celulose para papel desde a década de 1970 e tem sede em Monte Dourado, na divisa do Pará com o Amapá, chegou a ficar um ano parada, mas retomou suas atividades em agosto deste ano, com mais de 300 trabalhadores, que foram convocados para voltar. Composto por 25 empresas, a maioria delas estabelecidas sendo em Barueri (SP), o Grupo Jari tem como sua principal empresa a Jari Celulose, responsável por 98% de todo o faturamento do conglomerado.
"Todos os trabalhadores fizeram a sua parte, comprometidos em trabalhar sem receber os pagamentos atrasados. Mesmo assim, a empresa não tem o mínimo de respeito à classe trabalhadora. Na última reunião que tivemos, o assunto mais enfatizado foi a falta de informações aos trabalhadores", diz o ofício endereçado à direção da Jari.
"Case a empresa não comunique aos trabalhadores em que pé andam as negociações e a expectativa de pagamentos, vamos aderir o movimento de pedido de falência e movimento para ninguém trabalhar se não receber o que está atrasado. Como diz o ditado papular no futebol, perdido por 1 perdido por 10", reforça o presidente do sindidato.

Um comentário:

Anônimo disse...

Falências, demissões em massa, desemprego, economia derretendo e o molusco tirando bilhões da saúde, segurança, educação, projetos sociais e injetando no bolso do centrão, parabéns a todos que com muito amor fizeram o L, em 2024 será muito pior, anotem aí.