sexta-feira, 20 de maio de 2016

Elcione com Temer. Sejam, vocês também, coerentes.



Leitores do Espaço Aberto ligaram, passaram WhatsApp, e-mail, enfim, tentaram confirmar, de alguma forma, se a imagem acima, mostrando a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) com Sua Excelência o presidente Michel, o Temer, era mesmo uma foto verdadeira ou era uma montagem.
Claro que é verdadeira, rapazes e moças.
Verdadeiríssima.
Seu autor, inclusive, é Marcelo Camargo, da Agência Brasil.
Elcione aparece do lado direito da foto.
Ela está entre as 20 parlamentares que foram levar o calor de sua solidariedade, compreensão e consideração a Temer, cujo governo foi parido com um certo ar de misoginia solto no ar.
Mas por que a estupefação dos leitores?
Porque Elcione, no histórico 17 de abril, votou sonoramente, publicamente, resolutamente, decididamente, objetivamente - e outros mentes - contrariamente ao impeachment (vish!, os mentes de novo).
Votou, portanto, favoravelmente à permanência do governo Dilma. E contrariamente a um eventual governo Temer.
Dilma saiu.
Temer entrou. E agora ganha, repita-se, o calor de sua solidariedade, compreensão e consideração ao presidente em exercício.
Com Dilma, Helder Barbalho, filho de Elcione com o senador Jader Barbalho, era ministro dos Portos.
Com Temer, Helder Barbalho é ministro da Integração Nacional.
Meus caros, nada de estupefação com essas posturas, digamos assim, camaleônicas.
Façam como o pessoal aqui da redação: quando vocês crescerem, se quiserem subir na vida, se quiserem galgar postos, sejam coerentes.
Basta isto: sejam coerentes.
Estejam onde estiver um naco, uma réstia de poder para chamarem de seu.
Sejam coerentes, repita-se mais uma vez.
É assim que deve ser.
Não deveria ser assim.

Mas é.

3 comentários:

Anônimo disse...

Espantados?
Essa é a coerência barbalhowiska, sendo levando vantagem!

Anônimo disse...

Como bem ele disse:" caititu que na anda em bando na floresta, vira comida de onça ".

André Carim disse...

A votação do impeachment não foi pró Temer ou contra Dilma, o processo apenas autorizou a abertura de investigações nos supostos delitos fiscais cometidos pela área econômica do Governo Dilma. A reunião com o Presidente interino, segundo li na imprensa, foi para cobrar a ausência de mulheres no staff do governo provisório, além de garantir ao Presidente apoio nas medidas que sejam benéficas à população, afinal, estamos em crise, todos tem o dever cívico de ajudar. Para se ter ideia, diversas parlamentares pertencentes a partidos da base aliada da Presidente afastada participaram da reunião. Incoerência eu vi em parlamentares notoriamente ausentes das votações, envolvidos em escândalos, tanto pessoais quanto públicos, que usaram a oportunidade midiática do momento histórico para votar de forma amolecada, vulgar, envergonhando nacionalmente o nosso Estado. Incoerência seria fazer birra, biquinho, virar as contas ao novo governo, atrapalhando assim o Brasil. Deus nos ajude nesse momento difícil e ilumine nossos dirigentes.