segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Os tagarelas do Supremo. Eles devem saber o que fazem. Mas estarão fazendo bem?

Marco Aurélio: e se o ministro Benedito Gonçalves, do STJ, criticasse
publicamente uma decisão dele, como é que ficaria?

O Supremo, vamos e convenhamos, tem alguns tagarelas eméritos.

Ocupam o topo da lista Gimar Mendes e Marco Aurélio Mello.

Há outros, como se sabe; mas esses dois, repita-se, estão na categoria do top dos tops.

Mendes e Mello falam pelos cotovelos.

Nos autos e fora dos autos.

Eles, melhor do que ninguém, sabem o que fazem.

São maiores de idade, vacinados e ostentam notável saber jurídico. Se assim não fosse, não estariam no STF.

Mas estarão fazendo bem quando tagarelam sem parar?

É razoável que um ministro permita-se publicamente criticar decisões de outras instâncias do Judiciário, quando não do próprio Supremo?

É razoável imaginar que eles consideram essa postura judiciosa, ponderada e adequada?

Marco Aurélio, por exemplo.

Ele acaba de dizer que "houve uma precipitação" na decisão do ministro Benedito Gonçalves, do STJ, que afastou Wilson Witzel do cargo de governador do Rio.

E como será se esse caso chegar ao Supremo?

Como se portará Marco Aurélio, que já expôs publicamente seu juízo?

Um comentário:

Anônimo disse...

O problema é que os poderes já não são independentes, precisam intervir uns nos outros, para sobreviver, mostrar poder ou se destacar na mídia.
Os ministros estão se achando os próprios donos da verdade.