segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Bolsonaro não junta lé com cré. E pode produzir um novo Eldorado do Carajás.

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Covas para o sepultamento de vítimas do massacre de Eldorado do Carajás. Bolsonaro vai querer isso de novo?
Bolsonaro, como deputado, sempre foi medíocre.
Nunca – repita-se, nunca – sentou-se para negociar nada.
Seu discurso sempre foi odiento – contra gays, mulheres e tudo o mais.
Bolsonaro, como presidente, continua do mesmo jeito.
Continua a não juntar lé com cré.
Continua odiento.
Continua incapaz de fazer ações construtivas.
Por isso, não tem base política.
Por isso, protagonizou o feito de ser o primeiro presidente na História do Brasil a brigar em seu próprio partido e abandoná-lo nos primeiros meses de governo.
Agora, o presidente que não liga lé  com cré escancara mais uma demonstração de inabilidade política, de desinformação e passionalismo.
Ele quer, como se diz, entrar rachando contra invasores de terras.
Está querendo que o governo federal substitua-se aos estados na função de expulsar invasores em cumprimento a ordens judiciais.
Para isso, Bolsonaro estuda mandar ao Congresso um projeto criando uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) do campo, com o objetivo de fazer reintegração de posse em áreas rurais.
Realizadas exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República, as missões de GLO das Forças Armadas ocorrem por tempo limitado nos casos em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública.
Perfeito.
Antes mesmo de mandar o projeto, porém, Bolsonaro está sentando o sarrafo nos governadores, acusando-os de fazerem corpo mole, de não agirem com rapidez no cumprimento de mandados de reintegração.
Com essa críticas, atrai contra ele a antipatia dos governadores, a maioria dos quais, sabe-se, lidera as respectivas bancadas no Congresso.
Como, então, esperar apoio legislativo para aprovar um projeto como o que ele pretende propor?
Ninguém disse para Bolsonaro que, muitas vezes, os mandados de reintegração não são cumpridos com rapidez porque as PMs não dispõem de recursos suficientes – de pessoal, inclusive – para atender à enorme demanda de mandados pendentes.
E outro detalhe: em muitos casos, há necessidade de montar grandes operações, como no caso de fazendas invadidas por milhares de famílias. Do contrário, corre-se o risco de produzir um massacre de Eldorado do Carajás, em que morreram 19 pessoas, há pouco mais de 20 anos.
Por essas e outras, Bolsonaro enfrenta o sério risco de não ter esse projeto aprovado, se vier mesmo a apresentá-lo.
Se ligasse lé com cré, seria diferente.

Um comentário:

Pedro do Fusca disse...

O discurso do nosso Presidente Jair Messias Bolsonaro sempre foi contra esta gente que não vale nada, realmente o Blog fala a verdade quando diz isto o que só o faz maior o mandatário da nação. Petistas e esquerda, vocês perderam e não querem se acostumar com a seriedade.