segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Luta marcada: Bolsonaro x 1,2 mil municípios. Para assisti-la cantando o Hino Nacional, fale com o Luciano Hang.



O governo Bolsonaro resolveu travar uma briga com o municipalismo brasileiro.
Já comprei meu ingresso pra assistir.
Por municipalismo brasileiro, entendam-se não aqueles princípios comoventes, dos quais jorram lágrimas pelas bordas de bandeiras desfraldadas que prefeitos, aos milhares, conduzem em suas marchas a Brasília para reclamar que as prefeituras estão na pindaíba.
Não.
Não se trata disso.
O municipalismo brasileiro do qual aqui se trata é aquele que, de quatro em quatro anos, tem nos votos a sua moeda sonante.
Simplesmente isto: votos.
Incluída no Pacto Federativo proposto pelo governo está a possibilidade de extinção das cidades com menos de 5 mil habitantes e que não conseguem arrecadar sozinhas 10% de sua receita total.
Grande proposta.
Dá vontade de a gente cantar o Hino Nacional sob a regência do Luciano Hang, ele de verde da cabeça aos pés e eu de amarelo – ou vice-versa.
Essa proposta é Paul Guedes puro.
É receita tipo borbulhante de Paulo Guedes.
Pois um levantamento do “Globo” desta segunda-feira (18) mostra que MDB, PSDB, PP e PSD administram 694 (ou 57%) dos 1.217 municípios ameaçados — essas siglas somam 139 deputados na Câmara.
O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), diz que a proposta traz “desgaste ao Parlamento” e “jogará vereadores e prefeitos contra o governo federal”.
Deputados e senadores ouvidos pelo jornal ressaltam que o Legislativo não foi consultado sobre o assunto. Os quatro partidos mais afetados somam 139 deputados. O PSB, que poderia perder o poder em 77 cidades, tem uma bancada de 32 deputados; um cenário que torna mais improvável a aprovação da medida.
Opa!
O cenário pra briga está armado.
Quem for Paulo Guedes que se quebre.
Idem o governo Bolsonaro.
Os contendores – governo x Congresso – já arregaçam as mangas.
Se você também quer assistir a essa luta cantando o Hino Nacional, aí precisa falar com o Luciano Hang.

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