Candidato a imortal ataca. E quase mata imortal de raiva.

Candidato que aspira à irmotalidade, ou seja, que está cavando um lugarzinho, uma ilustrada vaga na nossa augusta Academia Paraense de Letras, está quase para matar - de raiva - os atuais imortais.
Ontem, a vítima foi um acadêmico, membro da APL.
Imortal, ele quase morreu. De susto e de raiva.
Eram 7 horas da matina - ou da madrugada, se quiserem -, quando o aspirante à imortalidade bateu, literalmente, às portas do prédio do imortal.
Bateu às portas e pediu ao porteiro que interfornasse para o apartamento do acadêmico.
Pedido feito e atendido.
Quanto atendeu o interfone, a mulher do acadêmico, que àquela hora ainda dormia - como, aliás, Belém inteirinha ainda devia dormir, às 7h da manhã de um domingo -, perguntou quem era.
- É uma pessoa da Academia que está aqui na portaria - informou o porteiro à mulher do integrante da APL.
Acordado pela mulher, o acadêmico foi ao interfone, pensando tratar-se de funcionário da Academia que fora ao seu prédio para informar, quem sabe, sobre a morte de algum imortal.
- Alô, quem é? - resolveu atender o acadêmico.
- Doutor, aqui é o Fulano. Eu gostaria de subir aí para falar com o senhor - disse pelo interfone o aspirante à imortalidade ao acadêmico, que àquela altura se descobriu quase morto de raiva e de susto.
Como o membro da APL já travara conhecimento com a, digamos assim, fama do aspirante a imortal, disse-lhe que poderia deixar seu pedido de voto na portaria.
E assim foi feito.
Mas uma coisa é certa: o aspirante à imortalidade deve atacar novamente.
Resta saber apenas quem será a próxima vítima.
E resta saber a hora.
Mas 7h da matina pra ele, como se vê, não é qualquer empecilho.
Não é mesmo.