Teresa Cativo, a xerifa - ou secretária, se vocês quiserem - de Estado do Meio Ambiente, deve falar com os coleguinhas hoje à tarde.
A Sema é aquela que, literalmente, tem puliça lá dentro.
É uma floresta de novidades.
Uma floresta de dimensões amazônicas, saibam logo.
A secretária falará numa coletiva à Imprensa.
Coletiva, vocês sabem, é a menos transparente das entrevistas.
Porque normalmente o entrevistado só fala o que lhe convém.
Mas se os coleguinhas, digamos, puxarem pela secretária, talvez ela até fale um pouco - só um pouco, vejam bem - do que já encontrou até agora na Sema.
E não é pouco.
Uma das indagações deve centrar-se, por exemplo, na questão das licenças ambientais.
Haverá, digamos, uma espécie de moratória na expedição de licenças, até que se ponha ordem no caos em que se encontrava - ou ainda se encontra - a Sema?
Quantas licenças ambientais estão pendentes de expedição?
Qual vai ser o critério para expedi-las?
E Belo Monte, a Sema ainda tem algum pitaco a dar?
Foi instaurada alguma sindicância para apurar deslizes funcionais antigos e recentes?
A Auditoria-Geral do Estado (AGE) está atuando de que forma nesta primeira fase de gestão na Sema?
A Sema já acionou o Ministério Público para apurar alguma coisa?
Essas questões são bem interessantes.
Sabe-se lá se a secretária - até mesmo por limitações ditadas pela reserva que algumas investigações devem - vai responder.
Mas que são questões interessantes, sem dúvida alguma que são.
Um comentário:
A tendência na SEMA é as coisas pioraram porque a tal Xerifa nada entende de meio ambiente. Ela precisara de muito tempo para começar a entender a área. Seu problema maior, fora as questões internas dos planos de manejo para os madeireiros protegidos do Governo Jatene, é manter um canal de comunicação com o Ministério do Meio Ambiente, ostensivamente presente nas questões ambientais da Amazônia.
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