O DEM gelou. O DEM amarelou. O DEM tem medo.

O DEM, com todo o respeito, se atrapalhou na hora de tentar firmar-se como o partido que, apanhando um dos seus com a mão na bufunfa, expulsa sumariamente o sujeito como medida de higidez para salvaguardar a ética.
Ora, ninguém entende ao certo o fez a direção nacional do DEM.
E o que ela fez?
Leiam os jornais de hoje – todos – e confiram.
Ela fez o seguinte.
Deu alguns dias de prazo para Arruda apresentar sua defesa.
E o contraditório na versão DEM.
Mas é, em verdade, apenas um jogo de cena.
Porque, intramuros, a cúpula do partido já decidiu expulsar Arruda.
Vejam aqui o que diz Sua Excelência o presidente nacional da agremiação, deputado federal Rodrigo Maia (RJ) em declaração à Folha desta quarta:

"São imagens chocantes, de difícil defesa, mas o governador tem o direito de defesa (...) Depois do dia 10, o DEM terá toda a condição de mostrar à sociedade que esse partido é diferente dos outros."

A referência de Maia é explícita e direta.
Ele se refere ao PT, que perdoou os seus mensaleiros, e ao PSDB, que também perdoou os seus, lá pelas Minas Gerais.
Ora, e o que haverá de diferenciar o DEM “dos outros”?
A expulsão, ora bolas.
E então? Por que o DEM não expulsou Arruda ontem mesmo?
De que valerá o tal contraditório, se a agremiação já decidiu expulsar Arruda e vai mesmo expulsá-lo?
Não se iludam.
Há muitos, no DEM, que estão com medo de Arruda.
Ele diz que tem bala na agulha.
Ou melhor, na língua.
Tem dito – todos sabemos – que, se cair, muitos cairão com ele.
Por isso, razão quem tem é o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que aparece na foto acima.
"Tem que ter coragem. E ela faltou", disse o senador.
É isso.
O DEM amarelou.
O DEM gelou.
O DEM tem medo.
E como!