No AMAZÔNIA:
Na volta ao batente do elenco do Clube do Remo, ontem à tarde, os jogadores encontraram um clima cinzento sob o Baenão e uma pequena mas animada torcida. Os gritos e canções de incentivo lembraram que a partir daquele momento começava a semana que antecipa o clássico RexPa. Os dois maiores rivais se enfrentam domingo, no Mangueirão, num amistoso que mais parece jogo valendo. É assim que encaram a partida dois jovens do grupo. Um, o volante Ramon, disputou os dois clássicos desse ano, tendo inclusive marcado um gol. O outro é o zagueiro Raul, que domingo deve fazer sua estreia no RexPa como profissional.
Curiosamente os dois ainda disputam a vaga no time de cima. Ramon e Marlon brigam pela titularidade ao lado de Danilo Mendes e Fabrício Carvalho no trio de volantes que o Remo deve mandar a campo. Por ter estado em campo nos três clássicos desse ano, ele sabe muito bem o que virá pela frente. 'Ninguém quer perder, ainda mais em um clássico. Estamos trabalhando há seis meses e não estamos atrás de ninguém. Quem errar menos sairá com uma vitória. Sabemos da força dos dois times. Mesmo um amistoso é só falar em clássico que a torcida vem cobrar.'
Ramon tem boas lembranças dos confrontos com o maior rival esse ano. 'Tive a felicidade de fazer o gol do empate por 2 a 2 e estávamos com um a menos. Quem sabe não consigo outro gol?'. A partir de hoje, quando começam os treinos com bola, é que o técnico Sinomar Naves começa a definir a equipe. Mas amanhã de manhã o elenco fará um coletivo no Mangueirão e esse treino será decisivo para a escolha dos onze titulares.
Com a saída de Leandro Cassel do elenco o caminho para a vaga de titular parecia ter ficado escancarado para Raul. Mas a chegada do zagueiro Rodrigo Antoneli na segunda-feira deixou tudo em suspense novamente. Todavia, o reforço se esquivou quando perguntado se estaria à disposição para o clássico, o que pode ser uma boa notícia para o jovem defensor azulino.
Raul sabe que por mais que seja o favorito, não dá para dar como certa a presença no time. 'O professor fará mudanças se for o melhor para o Remo. À gente cabe treinar para fazer o melhor. Eu joguei as últimas partidas e quero jogar para contribuir da melhor forma possível.'
Aos 20 anos, o zagueiro lembra que jogou o primeiro clássico aos 16 anos, na base, e que sempre sentiu um frio na barriga antes do jogo. 'Contra o Paysandu nunca é amistoso. É guerra', disse. 'Meu o primeiro RexPa tinha 16 anos e fiquei muito ansioso antes do jogo. Nem consegui dormir à noite. Agora é um pouco diferente. Estou mais calmo e bem mais preparado. Ganhei três clássicos esse ano pelo sub-20. Espero que no profissional seja assim.'
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