No AMAZÔNIA:
Em outubro e novembro, nenhum centavo do Estado foi repassado ao Hospital Metropolitano e, até ontem, ainda não havia previsão para o depósito da parcela de dezembro.
Com o recurso da União correspondente ao mês de novembro, esperado para hoje, a direção do hospital promete cumprir a agenda de pagamento dos salários dos funcionários e se preparar para pagar a segunda parcela do décimo terceiro salário.
'O que, entretanto, está nos preocupando mais é o atraso no pagamento dos nossos fornecedores', disse a diretora Maria do Carmo Lobato. 'O Metropolitano é um hospital que tem grande consumo e nossos estoques estão em nível crítico. Na prática, podemos ter problemas no atendimento ainda em dezembro, no mês em que as estatísticas mostram ser o de maior número de atendimentos e, portanto, o de maior consumo', adiantou.
Em dezembro de 2008, 1.557 pacientes passaram pelo pronto atendimento do Metropolitano. No mesmo período, 592 cirurgias foram realizadas. Se comparados com os números de atendimento ao longo de 2009, dezembro responderia sozinho por 9% dos procedimentos cirúrgicos do ano e 8% dos atendimentos registrados ao longo dos 11 meses seguintes.
'Apesar dos atrasos nos repasses do Estado, nós continuamos com o atendimento normal. Não houve redução no número de leitos, diminuição no número de cirurgias, restrições no uso de próteses de alto custo e nem mudança na qualidade dos remédios', garante a diretora. 'O que nós não sabemos é até quando vamos garantir o atendimento no padrão oferecido até hoje', advertiu. A reportagem aguardou durante toda a segunda-feira um posicionamento da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que não chegou até o fechamento da edição.
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