No AMAZÔNIA:
'Por que mataste meu filho? Imaginas o quanto é difícil ter que criar o filho dele, lembrar dele? Enquanto passares o Natal na cadeia, vou lembrar que, nessa data, meu filho está debaixo da terra'. Foi com estas palavras de dor e revolta que Olívia Belo, de 57 anos, falou pela primeira vez com Paulo Sérgio Conde Rodrigues, de 29 anos, acusado de assassinar seu filho, Carlos André Aleixo, no ano passado.
O acusado foi preso na casa onde morava, na manhã de ontem, por policiais da Seccional Urbana do Paar. A polícia cumpriu o mandado de prisão expedido pela 6ª Vara Penal do Tribunal do Júri da Comarca de Ananindeua. Fora a morte de Carlos André, Paulo é apontado pela Polícia Civil como autor de outros dois homicídios, todos cometidos a sangue frio.
Frieza, aliás, é a palavra que melhor pode descrever o acusado. Sem demonstrar arrependimento ou rebater as acusações feitas por dona Olívia, Paulo ficou calado enquanto a delegada Deusa Seabra, diretora da Seccional do Paar, resolvia sua transferência para outra unidade policial. Morador do conjunto residencial Stélio Maroja, no bairro do Coqueiro, o acusado é apontado como autor de três homicídios transcorridos entre 2006 e abril deste ano.
Sua primeira vítima foi o próprio primo, Maico Rodrigues, assassinado em 2006 no Stélio Maroja, por motivos não precisados. A mais recente, em abril deste ano, foi o jovem Diego Soares dos Santos, morto a tiros na estrada da Providência, também em Ananindeua. Já o caso de Carlos André aconteceu em setembro do ano passado. O jovem estava em um bar situado na zona central do Paar quando foi alvejado por Paulo Sérgio.
Por conta de evidências associadas à morte de Carlos André, a Justiça da Comarca de Ananindeua determinou a prisão preventiva do acusado em junho deste ano. Desde então, ele vinha sendo procurado pela Polícia Civil. Sua prisão foi feita na manhã de ontem em sua casa, no conjunto Stélio Maroja. Ao ser comunicado da prisão, o acusado se vestiu e, tranquilamente, se dirigiu à viatura policial.
Muito abalada, a mãe de Carlos André já estava na Seccional do Paar à espera do acusado. Ao se deparar com Paulo Sérgio, dona Olívia passou a submetê-lo a uma dolorosa lição de moral. 'Tens mãe? Ela te ensinou a valorizar a vida? Ninguém pode tirar uma vida assim, como tu fizeste. Ninguém!', disse, lembrando que seu filho 'deixou aqui um filhinho pequeno, uma esposa e uma mãe amarguradas'.
Segundo dona Olívia, Carlos André trabalhava como mototaxista, não utilizada drogas e bebia socialmente. 'Não tinha motivo para teres feito isso, seu monstro. Uma pena só ter te visto aqui dentro, porque lá fora nem sei o que faria contigo', esbravejou. A Polícia Civil ainda apura as circunstâncias da execução, mas tudo leva a crer em um acerto de contas por motivo fútil. Depois de preso, Paulo Sérgio seria transferido à Seccional da Cidade Nova, onde tramitam seus processos.
Um comentário:
Sabe lá quando a dona justiça, a senhora paquidérmica, obesa, lenta, sonolenta, arrastada, injusta, omissa e ausente, vai julgar esse criminoso frio?
Sabe lá se ele será condenado?
O que certamente se sabe é que, logo logo, o assassino começará a obter as "benesses" da lei.
E, muito mais rapidamente do que a atuação sonolenta da justiça, estará livre, leva e solto para produzir o que mais sabe fazer: novos cadáveres.
Tomara que não.
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