quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Anulação do PSS repercute

No AMAZÔNIA:

A anulação de toda a primeira fase do Processo Seletivo Seriado 2010 (PSS) da Universidade Federal do Pará (UFPA) ainda repercute. Para o professor de Física Amarildo Sfair, 'o ‘descuido’ foi muito grande'. Ele se refere às falhas que levaram a UFPA a anular a primeira fase do PSS. O professor acredita que não foi acertada a anulação gerada pela utilização de questões de geografia clonadas de outros concursos e de apostila de um cursinho de Belém. E ainda chama a atenção para a manutenção, na equipe organizadora do concurso, de um funcionário que tinha um sobrinho como candidato - fato que gerou a anulação de todo a primeira fase do PSS.
Professor de cursinho, Amarildo sustenta que a anulação apenas da prova de geografia, com a concessão dos pontos a todos os candidatos, prejudicaria mais gente do que o apontado nas análises feitas pela universidade.
Além dos candidatos que acertaram as questões, mas foram igualados aos que não acertaram, tem também aqueles que não receberam o 'bônus' porque fizeram a prova da primeira etapa em anos anteriores e, este ano, farão apenas a segunda e a terceira etapas.
Conforme o balanço da UFPA, 2,7 mil pessoas farão somente as duas últimas etapas do PSS. 'Só o fato de a terceira fase ter esses candidatos que não receberam a pontuação de Geografia já renderia a anulação', diz.
A esses prejudicados se somam aqueles candidatos que estudaram geografia e que, dependendo do peso da questão para o curso escolhido, deveriam estar em vantagem sobre quem não dominava o conteúdo dessa disciplina.
Na avaliação do professor, a análise do reitor de que a segunda etapa corrigiria o problema, eliminando aqueles que só foram classificados por ganharam pontos é relativa. Isso porque na segunda etapa podem ser cobrados conteúdos que o classificado por sorte domine e, então, ele passa a ter condições de passar para a próxima fase.
Para Sfair, essas situações deveriam ter sido ponderadas. Também deveriam ser aprofundadas, na opinião dele, as motivações das condutas dos profissionais que descumpriram as regras de segurança do PSS.
O professor observa que os profissionais escolhidos para trabalhar no seletivo não são quaisquer pessoas. Além de terem um compromisso moral com os estudantes, eles são instruídos, através de encontros preparatórios, sobre como proceder durante o concurso.
'A questão é moral. Não pode ser casual burlar as regras. Não são pessoas ignorantes. Deveria ter uma investigação mais rigorosa', defende.

Um comentário:

Anônimo disse...

Mais rigorosa que a da Polícia federal, que está desde o primeiro momento no caso, chamada pelo reitor, não pode haver.