No AMAZÔNIA:
O primeiro verso do hino do São Raimundo, composto por Wilson Fonseca, o maestro Izoca, diz: 'São Raimundo de raça, querido'. E foi na raça que o Pantera conquistou a primeira edição da Série D do Campeonato Brasileiro e cravou seu nome no futebol nacional. O time santareno chegou ao fim da competição com números irrefutáveis. Fez a melhor campanha com 28 pontos em 16 jogos, mesma pontuação que o Macaé-RJ, que também venceu oito vezes, empatou quatro e também perdeu quatro. A diferença é que o Alvinegro paraense marcou 29 gols e sofreu 20, enquanto o Leão fluminense fez 25 e levou 17. No confronto do melhor ataque com a melhor defesa, venceu o mais ousado Pantera.
Os piores momentos do São Raimundo aconteceram na primeira fase da Série D, principalmente pela troca de técnicos. O time começou com Válter Lima, passou por Arthur Oliveira e Carpegiane Sarmento e terminou com Lúcio Santarém, que engrenou a equipe para ser campeã. Dependesse apenas da primeira fase, quem apostaria na conquista do Pantera? Em casa, o time santareno perdeu (1 a 0) para o Cristal-AP e empatou (2 a 2) com o Tocantins-TO. Na última rodada, foi goleado (3 a 0) fora de casa pelo Moto Club-MA, mas já estava classificado.
Daí em diante, o time foi passando de fase sem empolgar até chegar à semifinal. As duas atuações diante do Alecrim-RN deram, finalmente, a certeza que o São Raimundo tinha time para lutar de igual para igual com os adversários para tentar o título. O Pantera venceu em casa por 3 a 1 e empatou em natal (RN) por 2 a 2, sempre comandando as ações do jogo.
A decisão de 180 minutos contra o Macaé, que terminou ontem, foi de tirar o fôlego. Toda a emoção parece ter sido guardada para os últimos instantes. Curiosamente, os dois gols foram marcados por Michell e Rafael Oliveira, ex-bicolores que não deram certo na Curuzu e encontraram em Santarém suas redenções. Também deram a virada.
Um comentário:
Gostei de ver uma enorme bandeira do Pará ao lado do time campeão...
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