sábado, 7 de novembro de 2009

Operação faz desocupação na Quintino, no Comércio

No AMAZÔNIA:

Em mais uma operação de desobstrução das vias públicas, a Secretaria Municipal de Economia (Secon) promoveu, ontem de manhã, a retirada de barracas que comercializavam alimentos na esquina da travessa Quintino Bocaiúva com a rua Marechal Hermes, no bairro do Comércio, em Belém. Os ambulantes, que já haviam sido notificados da retirada, não se opuseram à ação dos fiscais e em menos de 20 minutos as barracas estavam no chão. Segundo a diretora do Departamento de Comércio em Vias Públicas, da Secon, Celina Oliveira, os ambulantes poderão voltar ao local, mas o comércio deve ser feito em unidades móveis e dentro das normas da Vigilância Sanitária.
As exigências foram repassadas ao representante legal dos ambulantes, o advogado Bruno Couto, que também estava no local. De acordo com ele, os vendedores devem procurar a secretaria na segunda-feira, 9, e cumprir todas as exigências para voltar ao local. 'Agora, se mesmo assim essa pessoas forem impedidas de trabalhar voltaremos a recorrer judicialmente', afirmou.
A área era ocupada por três barracas, duas delas de alvenaria, e vários anexos, utilizados pelos ambulantes como depósito de mercadorias. As barracas pertenciam a três mulheres e empregavam de três a quatro pessoas cada uma. Maria Raimunda Soares, uma das proprietárias mais antigas, disse já trabalhar no local há 19 anos. Nesse período foi retirada várias vezes, mas sempre acabava retornando ao ponto. 'Agora eu acho que vai ser mais difícil porque derrubaram tudo', comentou.
Lucicléia Ferreira, outra vendedora da área, reconheceu a irregularidade das barracas, que foram construídas sobre a calçada, obstruindo totalmente a passagem de pedestres, mas alegou não ter outra fonte de renda. 'É daqui que tiro o meu sustento e o da minha família. É preciso levar em conta a nossa situação', reclamou. Lucicléia disse que voltaria ao local ainda ontem, para instalar uma venda de churrasquinho. 'Vou colocar uma mesa e um fogareiro e ver o que consigo. Não posso é ficar sem trabalhar.'

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