segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Lula é só mais um “entre milhões”. É?

"Lula, o filho do Brasil"uma das cenas na foto acima - ainda está dando o que falar.
Aliás, à medida que se aproximar 2010, aí mesmo é que vai dar o que falar.
Todo mundo fala do filme.
Até quem não o viu.
E Frei Chico falou.
Sim, Frei Chico.
Irmão de Lula.
O irmão, dizem, pelo qual o presidente tem o maior apreço e respeito entre todos os seus irmãos.
Frei Chico, que não é sacerdote, fique bem claro, acha que a Imprensa – como sempre ela – é a culpada.
Mas de quê já, Frei Chico?
É a culpada pela tentativa pela tentativa de politização do filme.
O filme, acha Frei Chico, “é praticamente a história de milhões de seres humanos nesta Terra, não tem nada mais do que isso."
É?
“É praticamente a história de milhões de seres humanos nesta Terra?”
Não?
“Não tem nada mais do que isso?"
Então, vejamos.
Se a história é tão banal, por que é mesmo que virou filme, hein?
- Ora, virou filme porque Lula é Lula – direis.
Sim, e Lula é quem mesmo?
É, por um acaso, o porteiro – sem nenhum demérito para o porteiro - do Íbis, o pior time do mundo?
Por um acaso é o cara responsável pela guarda das provas do Enem?
É o cara que vive dentro de um laboratório, pesquisando sobre os efeitos da redução – ou do aumento - das algas marinhas para o aumento do efeito-estufa e suas repercussões no aquecimento global?
Lula, enfim, é um qualquer entre os “milhões de seres humanos nesta Terra?”
Diga lá, Frei Chico.
Diga lá!
Quem é Lula, hoje?
É o presidente da República Federativa do Brasil, certo?
Certíssimo.
É o cara, perfeito?
Perfeitíssimo.
E um cara que já foi – hoje não é mais – alguém perdido no anonimato dos “milhões de seres humanos nesta Terra”, correto?
Corretíssimo.
Enfim, Lula, se não fosse Lula, não viraria filme, não é não?
Claro que é.
Então, Frei Chico queria o quê?
Que todos tivéssemos diante de "Lula, o filho do Brasil" uma preocupação, uma percepção, um sentimento, uma avaliação – seja lá o que for – meramente estética?
É isso mesmo, Frei Chico?
É?
Putz!

Um comentário:

Luiz Otavio Braga disse...

Lula pode até ter sido "um entre milhões" mas já faz uma tempo que não é mais. Basta ver a lista das empresas que dispuseram "desiteressadamente", é bom que diga, a patrocinar o filme e dessa forma apoiar a sétima arte. Nunca antes nesse país um filme teve tamanho patrocínio. Aliás, feito através de renuncia fiscal. Ou seja, com o meu e o seu imposto. Puxaram o saco de um entre milhões com o dinheiro de milhões. Nada mais a declarar.