No AMAZÔNIA:
Belém está entre as capitais com maior índice de exploração sexual no Brasil. Pesquisas apontam mais de 900 municípios brasileiros atingidos por redes de exploração e tráfico de pessoas e mostram também que a pobreza é um dos fatores preponderantes para que o problema se agrave. Para combater esta estatística, Belém ganha hoje o Projeto de Profissionalização de Jovens em Situação de Exploração Sexual Comercial, iniciativa do Serviço Social da Indústria (Sesi), ligado à Federação das Indústrias do Pará (Fiepa). O lançamento é amanhã, às 8h30, na federação.
A capital paraense será a única do Norte do País a desenvolver o projeto, que pretende reduzir a exploração sexual entre os jovens. O Sesi pretende criar uma rede de parcerias para ofertar cursos de profissionalização às vítimas de exploração sexual e também absorver a mão-de-obra já capacitada. 'O projeto não consiste só na capacitação. Este profissional vai sair com uma perspectiva de emprego', diz José Olímpio Bastos, superintendente regional do Sesi.
Serão ofertadas 100 vagas de cursos profissionalizantes para jovens de 16 a 21 anos, identificadas pelos parceiros, entre eles o Cedeca - Emaús, que receberão uma ajuda de custo no valor de R$ 500. Além de Belém, outras três capitais brasileiras vão integrar o projeto-piloto: Natal, Fortaleza e Recife, todas no Nordeste brasileiro. A proposta está em acordo com os Programas da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e do Ministério do Turismo, visando o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes a partir de ações estruturais.
O programa pretende tembém envolver as famílias das vítimas no processo de mudança, o que facilitará o apoio do núcleo familiar.
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