No AMAZÔNIA:
O sucessor de Raimundo Ribeiro deverá receber um verdadeiro presente de grego. O clube está afogado em dívidas e, pior, sem perspectivas de futuro, já que em 2009 sequer tem certeza de que disputará a recém-criada Série D, a última divisão do futebol brasileiro. O desespero azulino vem de muito tempo, mas nos últimos oito anos, a crise se agravou, levando o clube a operar no vermelho. De acordo com o balanço financeiro de 2007, o Remo teve um prejuízo de R$ 1.691.090,12.
A atual temporada seguirá o mesmo caminho, embora o balanço ainda não esteja concluído, conforme informações do superintendente administrativo e financeiro do clube, Roberto Amoras. Contudo, de antemão, já se sabe que a gestão Ribeiro deve fechar com um prejuízo estimado em R$ 3,2 milhões, conforme dados levantados juntos a Federação Paraense de Futebol (FPF), Confederação Brasileiro de Futebol (CBF) e Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Não bastasse o prejuízo jcontabilizado, o próximo presidente remista ainda deverá encontrar outra herança maldita: os salários atrasados do elenco e funcionários. Aos jogadores o clube deve dois meses, enquanto os funcionários não recebem há seis meses, alguns até mais do que isso. Eliminado da Série C do Brasileiro, o clube perdeu a sua principal fonte de renda: a bilheteria dos jogos da equipe. Resta ao clube apenas e tão somente os R$ 40 mil do acordo com o Governo do Estado, que termina em dezembro, e o contrato com a Cerpasa, que também vai até o final do ano.
A única solução para evitar que o Remo afunde financeiramente parece ser mesmo a venda de um dos patrimônios do clube. A sede campestre em Benfica seria a bola da vez. De acordo com o advogado André Meira, o pagamento de R$ 3 milhões à vista pela Construtora Leal Júnior, que arrematou o imóvel em leilão, daria para diminuir em pelo menos 90% as dívidas com a Justiça do Trabalho, responsável pelo bloqueio da arrecadações do clube. 'Com esse valor em mãos, poderíamos negociar a redução do valor da dívida na justiça', aponta Meira. A negociação com a empresa, no entanto, não foi iniciada, com o recurso remista pedindo a anulação do pregão aguardando julgamento no TRT.
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