terça-feira, 9 de setembro de 2008

Nery na tribuna, Jader nos bastidores

O destaque conferido pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) ao senador José Nery (PSOL) e ao deputado federal Jader Barbalho (PMDB) como os únicos paraenses na lista dos “Cabeças do Congresso”, em sua 15ª edição, guarda algumas particularidades.
O Diap classifica os “Cabeças” em Formadores de opinião, Articuladores/organizadores, Negociadores, Debatedores e Formuladores.
Nery figura na categoria Debatedor e Jader, na categoria Articulador/Organizador.
O que significam uma e outra?

Sobre o Debatedor, define o Diap:
Parlamentares ativos, atento aos acontecimentos e, principalmente com grande senso de oportunidade e capacidade de repercutir, seja no plenário, ou na imprensa, os fatos políticos gerados dentro ou fora do Congresso. São por essência parlamentares extrovertidos que procuram ocupar espaços e explorar os assuntos que possam ser notícia
Conhecedores das regras regimentais que regem as funções e o funcionamento das Casas do Congresso, exercem real influência nos debates e na definição da agenda prioritária. Com suas questões de ordem e de encaminhamento, discussão de matérias em votação, obstrução do processo deliberativo, dominam a cena e contribuem decisivamente na dinâmica do Congresso. São os parlamentares mais procurados pela imprensa.


O Articulador/Organizador mostra as seguintes habilidades, segundo o mesmo Diap:
São parlamentares com excelente trânsito nas diversas correntes políticas, cuja facilidade de interpretar o pensamento da maioria os credencia a ordenar e a criar as condições para o consenso. Muitos deles exercem um poder incrível junto aos colegas de bancada sem aparecer na Imprensa ou nos debates de plenário e comissões.
Como interlocutores dos líderes de opinião, encarregam-se de difundir e sustentar decisões ou intenções dos formadores de opinião, formando uma massa de apoio à iniciativa dos dirigentes dos grupos políticos a que pertencem. Normalmente têm livre acesso aos bastidores, ao poder institucional e alto grau de fidelidade às diretrizes partidárias ou ideológicas do grupo político que integram. Não são necessariamente eruditos intelectuais, mas possuem instinto e o dom da síntese.

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