sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Ministério Público do Estado vai barrar irregulares

No AMAZÔNIA:

O Ministério Público do Estado não vai dar trégua aos feirantes e ambulantes que atuam ilegalmente vendendo produtos impróprios para o consumo no Ver-o-peso, na rua João Alfredo e em toda a área contígua ao shopping Castanheira. Na próxima segunda-feira, 8, o promotor dos Direitos do Consumidor, Marco Aurélio Nascimento, tem reunião marcada às 9 horas com órgãos do Estado e Município para definir as ações de fiscalização que vão tentar barrar a atuação dos irregulares, estimados em 150. 'Temos três metas imediatas, que são o reordenamento dessas três áreas de Belém. Se vencermos essas fases, passaremos para outras', afirmou.
Segundo Marco Aurélio, a operação não será nenhuma novidade, já que há alguns anos o Ministério Público decidiu partir para reorganização da feira. A novidade, na sua análise, é a integração entre os órgãos do Estado e Município. 'O que é novo, de fato, é essa maior integração, o que pode ajudar a se ter sucesso dessa vez. O problema é que a resistência é muito grande. A gente tira e eles voltam. Eu não sei por qual razão as pessoas não se conformam em sair de lá', ressaltou.
Se dizendo, agora, otimista, o promotor confirma que todas as ações que serão deflagradas serão de 'caráter repressivo'. 'Vamos intensificar as operações de apreensão de produtos. As pessoas que estão no Ver-o-peso estão cometendo crimes, vendendo produtos impróprios ao consumo, e cometendo o crime de desobediência. Agora seremos mais rigorosos', reforçou.
O diretor do Departamento de Feiras, Mercados e Portos da Secretaria Municipal de Economia (Secon), Luiz Carlos Silva, informou que o número de pessoas que circulam diariamente no complexo Ver-o-peso vem aumentando em função do crescimento de linhas de ônibus que chegam até a feira. Segundo ele, são 50 mil pessoas circulando diariamente na Feira do Açaí, Pedra do Peixe, mais os Mercados de Peixe e Carne, a feira do Ver-o-peso propriamente dita e o estacionamento.
Em todo o complexo trabalham cinco mil pessoas, motivo pelo qual o Ver-o-peso é considerado a maior feira livre da América Latina. A estimativa da Secon é de que a comercialização de produtos no local gere faça circular na área algo em torno de R$ 1,5 milhão. 'Só de pescado são comercializadas 80 toneladas por dia, o que gera um faturamento de R$ 500 mil', informou Luiz Carlos, conhecido como Lula.
O reordenamento proposto para o Ver-o-peso pelo Ministério Público Estadual pretende preparar Belém para recepcionar os turistas que estarão na capital paraense no período de realização do Fórum Social Mundial, em janeiro de 2009.

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