O primeiro livro e DVD sobre 30 anos da obra de um artista plástico da Amazônia, editado pelo próprio autor, será lançado nesta quinta-feira (18) Trata-se de “P.P Condurú – Mostra 30 Anos”, que o artista plástico P.P Condurú lança no Museu Casa das Onze Janelas.
Há quatro anos, P.P. pintou a exposição "A Amazônia é Minha" e percebeu que a maioria dos estudantes e professores visitantes desconhecia a sua obra e o movimento sociocultural regional, principalmente das décadas de 1970 a 1990. Foi quando decidiu reunir pinturas e desenhos produzidos nesse tempo e compartilhar o resultado.
A determinação e a ousadia o levaram ao registro de 658 obras, que deram suporte a um projeto arte-educativo e de resgate histórico não só pessoal, mas de uma geração de artistas.
O projeto 30 Anos de Arte, de P.P. Condurú, realizou a maior mostra individual da história paraense. A panorâmica, “À Luz do Sol”, reuniu 146 obras representativas de todas as fases criativas do autor, recolhidas em mais de 50 acervos de particulares, galerias e instituições, por quatro meses, em um espaço de 306m² - a Sala Valdir Sarubbi, do Museu Casa das Onze Janelas. Com entrada franca e visitação monitorada para grupos de estudantes, a panorâmica foi vista por milhares de pessoas.
O lançamento do livro e DVD, P.P. Condurú - Mostra 30 Anos marcará o encerramento oficial do projeto. O livro, em edição de luxo, traz 146 imagens de obras, além de textos críticos e uma breve biografia do artista. O DVD, encartado no livro, apresenta as 658 imagens de obras registradas pelo projeto; 11 vídeo-depoimentos de colecionadores, críticos e artistas; dois vídeos art; convites e folders de exposições; imagens do autor e clipping de matérias publicadas entre os anos de 1970 e 2005.
Sobre o autor
Pedro Paulo Góes Condurú nasceu em 1958, em Belém. Iniciou a carreira artística influenciado pelos trabalhos de Van Gogh, Lautrec, Picasso, Rousseau, entre outros. Foi para o Rio de Janeiro em 1978 onde estudou na Escola de Artes Visuais, do Parque Lage. Depois morou em São Paulo, em busca de novas expressões e linguagens. De volta a Belém, inaugurou o Museu do Estado do Pará com a individual “Entre o Inseto e o Inseticida”, em 1986. Autodidata também em softwares criou gravuras eletrônicas, vídeos, artes gráficas, músicas e várias interferências, sempre norteado pela crítica sociopolítica, pelo erótico, o mistério e o sagrado.
P.P. integrou dezenas de mostras coletivas, inaugurou várias galerias, montou inúmeras individuais e realizou muitas obras na área de artes gráficas (que não constam desse projeto). Também recebeu vários prêmios como na 2ª Mostra do Desenho Brasileiro, Curitiba/PR, em 1980, mas participou de poucos salões, por acreditar que a arte não merece ser colocada em competição.
Com informações da assessoria de P.P. Condurú
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