terça-feira, 23 de setembro de 2008

Estudantes fecham via

No AMAZÔNIA:

Estudantes da Escola Estadual Deodoro de Mendonça interditaram a avenida Governador José Malcher, ontem à tarde, para protestar contra a falta de luz elétrica no colégio desde as 10h, o que suspendeu as aulas, revoltando os alunos, que afirmavam estudar em péssimas condições. Com a ajuda de um carro-som fornecido pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Estado do Pará, os estudantes mantiveram o protesto por três horas em frente à escola. Por volta das 17h a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) mandou um representante à escola, que prometeu aos estudantes a tão esperada reforma do prédio.
Os alunos interditaram a avenida esperando que a comissão formada por eles fosse ouvida. 'Precisamos de reforma. A escola está ‘supersucateada’, os banheiros estão fora de uso e os professores não dão aula', afirmou Paulo Roberto Amorim, um dos representantes dos alunos. A certa altura da manifestação os alunos chegaram a ir para a frente dos portões da Escola Estadual Ulysses Guimarães para tentar fazer com que os alunos do colégio vizinho se juntassem ao ato, mas a diretora do Ulysses Guimarães não autorizou a saída dos alunos.
Marcia Rios, professora do Deodoro de Mendonça, disse que 'a paralisação das aulas não foi um problema da escola, houve interrupção de energia e estamos esperando a Celpa resolver. O que aconteceu foi que certos candidatos vieram se aproveitar para fazer campanha e influenciar os alunos'. A professora fez referência ao carro-som disponibilizado aos estudantes pelo sindicato, que anteriormente fazia campanha de uma candidata na rua do colégio. O diretor do sindicato, Cedício de Vasconcelos, disse que o sindicato apóia a luta dos estudantes pela reconstrução da escola porque são filhos dos servidores e da classe trabalhadora e que o carro foi alugado pelo sindicato.
A comissão de estudantes foi recebida assim que Otacília Monteiro, coordenadora do conselho escolar, chegou à escola. 'Muito em breve essa situação será resolvida, porque a Seduc está trabalhando para isso', afirmou a coordenadora. Após a reunião com os estudantes, Paulo Sérgio, funcionário da área de rede física da Seduc, comprometeu-se em mandar hoje ao local um técnico para fazer um orçamento da reforma e disse que até o final do ano os alunos vão ter o que reivindicam.

Um comentário:

Anônimo disse...

É válida a manifestação e o protesto dos estudantes.
Até surpreende e é saudável no momento atual em que a massa estudantil brasileira parece anestesiada.Sua representante maior, a UNE,chapa-branca assumida, se finge de morta para receber gordas verbas do governo Lula.
Mas voltemos aos estudantes do Deodoro e sua escola sucateada.
Que os governos não olham com carinho para a educação, todos nós sabemos.
Mas, os jovens estudantes já se fizeram a pergunta:
"- quem sucateia a escola"?
Seriam os professores e/ou funcionários que quebram carteiras, instalações e equipamentos?
Quem é que picha garatujas initeligíveis "demarcando" terrenos nas escolas e prédios?
Os governos tem, sim, grande parcela de culpa pelo abandono e sucateamento.
Mas existem outros "atores" nessa triste história que reflete direto na baixíssima qualidade do ensino.
Que não são cobrados na sua responsabilidades nem por seus responsáveis e muito menos por seus educadores.