Estudantes da Unama vivem clima de incerteza

No AMAZÔNIA:

Após a renúncia do professor Edson Franco da reitoria e a divulgação da venda da Universidade da Amazônia, a dúvida se instalou entre estudantes e docentes da instituição. A falta de esclarecimentos dos sócios sobre os rumos da Unama gerou protestos e paralisações - que não eram comuns - e que agora fazem parte do cotidiano da universidade. Mesmo com a informação de que os professores poderiam paralisar hoje, o diretor da Unama, Ilmar Soares Lopes, disse que não há indicativo de greve. 'A reunião que aconteceu na segunda-feira foi apenas a despedida da professora Gislaine Pimentel, que deixou a coordenação do curso de Direito. O professor Edson Franco se manifestou como amigo da ex-coordenadora', disse.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) promete continuar com as mobilizações, que acontecem desde sexta-feira, quando foi divulgada a venda da instituição. O vice-presidente do DCE, Felipe Melo, informou que na quinta-feira haverá uma audiência pública no átrio do campus BR para discutir a pauta de reivindicações do diretório, que contará também com a participação dos estudantes do campus da Alcindo Cacela. 'Entre os pontos que serão abordados na audiência está o congelamento das mensalidades, contratação de professores com dedicação exclusiva, mais professores mestres e doutores, mais investimento em pesquisa e extensão, entre outros. Também exigimos que não haja a demissão de funcionários, mas a contratação de um efetivo maior', declarou.
O vice-presidente do DCE lembra que a pauta central da assembléia não é a volta do professor Edson Franco para a reitoria, mas a garantia de preservação de direitos dos estudantes, caso a Unama seja realmente vendida.