No AMAZÔNIA:
Pode não ter sido uma exibição de gala, mas o Paysandu brindou a torcida com uma vitória no reencontro após duas rodadas longe de casa. Ontem, na quarta rodada da terceira fase do Campeonato Brasileiro da Série C, o time derrotou o Luverdense-MT, de virada, por 3 a 1, depois de um péssimo primeiro tempo, e manteve os 100% de aproveitamento em Belém. Com isso, fez a festa daquela que, no conceito da própria equipe, vem fazendo a diferença durante a Terceirona.
Antes do jogo, o lateral-direito Boiadeiro, de volta à posição de origem, foi saudar a torcida. 'Ela é importante para o clube, a tendência é que vai apoiar mais se a gente também fizer nossa parte em campo', falou o jogador, que acabaria sendo o grande destaque da tarde. De fato, os torcedores mostraram certa impaciência com o time bicolor. Apesar de superior na posse de bola, a equipe mais uma vez teve dificuldades para se livrar da marcação adversária e terminou o primeiro tempo vaiada. No final veio a virada e a paz foi selada entre gramado e arquibancadas.
Com o resultado do domingo, os bicolores dividem a primeira colocação com o Rio Branco e Águia (todos com sete pontos), mas ficam com a segunda posição pelo critério de desempate - saldo de gols. O Rio Branco, que goleou o Águia, por 4 a 0, assumiu a liderança e jogou os marabaenses para a terceira posição. O Luverdense, na lanterna, com um ponto, tem chances remotas de classificação.
O jogo começou com o Papão indo para cima, mas o fraco rendimento do estreante Diego Gaúcho comprometia a criação ofensiva. Já o Luverdense parecia jogar com freio de mão puxado e só assustava em bolas paradas. Em uma delas, aos três minutos, o Verdão quase marcou em uma cabeçada de Márcio Nunes, que desviou escanteio cobrado por Maico Gaúcho. Boiadeiro salvou em cima da linha. O Paysandu respondeu aos oito, com um uma cobrança de falta de Aldivan, que o goleiro Ferronatto salvou no susto, e aos 11, com um voleio de Balão, que passou perto.
O Luverdense precisou de alguns minutos para se refazer do susto e voltar ao jogo. Já o time alviceleste parecia não acreditar no que estava acontecendo e jogava de forma displicente, quase apática. O castigo quase veio aos 36, num contra-ataque puxado por Gauchinho, que rolou para Maico Gaúcho acertar a trave direita de Everton. Dois minutos depois, no entanto, não teve jeito. Boiadeiro cometeu pênalti infantil em Paulinho. Na cobrança, Gauchinho acertou o canto esquerdo e abriu o placar.
O segundo tempo foi bem parecido, com a diferença de que os bicolores passaram a trabalhar melhor nas laterais e tiveram um melhor aproveitamento nas finalizações. Depois da saída do inexistente Diego Gaúcho e do apagado Paulo de Tárcio, o time cresceu com Jucemar na lateral-direita, Boiadeiro no meio-campo e Torrô mais encostado nos atacantes. O Papão acelerou o ritmo e passou a bombardear o adversário, que, assustado, só se defendia.
Aos 19, Boiadeiro deixou a condição de vilão e começou a construir a imagem de grande herói da vitória bicolor. Após grande jogada de Aldivan, o lateral/meia recebeu em posição duvidosa e fuzilou, deixando tudo igual. O próprio Boiadeiro faria, cinco minutos mais tarde, o gol da virada, aproveitando rebote de um chute cruzado de Balão.
Os gols deram tranqüilidade aos bicolores. O terceiro era questão de tempo. Mais precisamente, 21 minutos. Torrô pegou um rebote na pequena área e bateu forte para decretar: Papão 3 a 1. Na comemoração do gol, o atacante foi festejar no alambrado, com a torcida, e acabou punido com o segundo cartão amarelo. Mas nem sua expulsão desanimou a torcida alvi-azul, que fez a festa até bem depois do apito final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário