sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Cosanpa planeja efetuar 200 mil ligações em dois anos

No AMAZÔNIA:

A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) planeja efetuar 200 mil ligações de água até 2010. O plano era dividir esse montante em quatro anos, mas ele deverá ser trabalhado em dois. Ainda ficará um déficit de mais de 700 mil para futuras administrações.
O presidente da Cosanpa, Eduardo Ribeiro Junior, afirma que o alto déficit paraense de saneamento é reflexo da falta de uma política voltada para esse serviço nos últimos 15, 20 anos. Na década de 70, aponta, 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país ia para o saneamento. Na de 80, caiu para 0,4%. 'Passamos 20 anos com níveis muito abaixo de investimentos', diz.
Para Ribeiro, outros fatores a serem levados em conta foram o crescimento populacional do Pará e a dispersão dos domicílios. Assim como Rondônia, a população triplicou, situação não vivenciada pelo Amazonas, onde os déficits são menores e a população é concentrada na capital, argumenta.
Agora, a avaliação é que esses números não serão aplacados em quatro anos. Meta elaborada em 2005 no Plano Nacional de Universalização do Saneamento aponta a necessidade de R$ 180 bilhões em investimentos para se atender todos os domicílios do Brasil em 20 anos.
No Pará, a meta exige R$ 8 bilhões em investimentos. 'Isso não é meta para ser cumprida por um só governo. É importante alocar recursos e se vê que o governo federal está alocando 10 bilhões por ano para saneamento no país', diz Ribeiro.
Da parte da Cosanpa, ele revela que há R$ 400 milhões para investimentos. A esse valor serão somados outros recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e de financiamentos via Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Segundo o presidente da Cosanpa, os investimentos na ampliação da rede começarão no próximo ano. Nos últimos dois anos, foram feitas a captação de recursos e, no caso do abastecimento, as obras para aumentar a produção de água como a conclusão da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Bolonha. A previsão é que até 2010, o serviço de abastecimento chegue a 1 milhão de pessoas, o correspondente a 15% da população paraense. O de esgotamento sanitário deverá ser ampliado de 9% para 15% dos domicílios pelos cálculos do governo. Em relação ao esgoto, Ribeiro aponta investimentos a serem feitos de R$ 55 milhões em Belém e outros R$ 48 milhões em Marabá (a rede será expandida para 12%) e Castanhal (a rede atenderá 15% dos domicílios).

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