segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Barulho gera confusão

No AMAZÔNIA:

A carreata do candidato Arnaldo Jordy quase foi interrompida, ontem pela manhã, depois que a Polícia Civil constatou que o carro-som usado por ele e pelos partidários de sua candidatura à prefeitura de Belém estava causando poluição sonora. Ao lado de Roberto Freire, presidente nacional do PPS, partido do deputado estadual, Jordy afirmou que, se o carro fosse apreendido, os agentes teriam que prendê-lo também. Freire fez a mesma afirmação.
Depois de muita discussão, o carro-som não foi apreendido, mas a delegada Wildenyra Lima, do Grupo de Combate à Poluição Sonora (GCOPS), da Polícia Civil, disse que Arnaldo Jordy foi intimado a depois comparecer à Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema), na qual será lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por poluição sonora.
A força-tarefa composta por agentes das polícias civil e federal e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) fez a abordagem na avenida Duque de Caxias, próximo à travessa Perebebuí, no bairro do Marco. Segundo a delegada, o volume do carro estava com 106 decibéis, quando o máximo permitido para a área urbana é 55. 'É poluição sonora', afirmou Wildenyra. Por essa razão, explicou a policial civil, o veículo deveria ser apreendido. Assim como seus partidários, Arnaldo Jordy reagiu.
O deputado estadual disse que poderia reduzir o volume, mas que a apreensão do carro-som acabaria com sua campanha. 'Eu tenho um único carro-som na minha campanha, que está na rua há uma semana, a custo de muito sangue, muito esforço. Os candidatos milionários estão aí há 60 dias poluindo (causando poluição sonora), e eles resolvem prender o nosso hoje (ontem). Prender o nosso carro significa acabar com a nossa campanha', afirmou. 'Nós vamos presos todo mundo junto', acrescentou.
O presidente do PPS, Roberto Freire, afirmou que tinha vindo de Brasília para participar da carreata em Belém e também discordou da apreensão do carro-som. Contornada a situação, a delegada Wildenyra Lima informou a Arnaldo Jordy que seria intimado para comparecer depois à Dema, onde seria lavrado um TCO por poluição sonora. Ela disse ao candidato para colocar o volume do carro-som baixo, dentro do permitido em lei. Após a confusão, a carreata do candidato continuou. Mas, antes, ele assinou os documentos para que, depois, comparecesse à Dema.

5 comentários:

Anônimo disse...

Tem que lavrar TCO contra a delegada, que não fez o mesmo em relação aos outros carros de som.
Um erro não justifica o outro, mas é preciso tratar igualmente os iguais, não é?

Anônimo disse...

Bom dia, caro Paulo:

foi uma pena a mesma equipe da delegada não ir até a Assis de Vasconcelos pela manhã multar os partidários de Duciomar Csta por ..poluição visual! Camisetas, bandeiras e bonés eram atirados em cima de quem passava, numa vergonhosa e acintosa demonstração de muitos decibéis acima do que os gastos declarados da campanha do candidato permitem. As pick-ups eu contei três em um quarteirão) estavam estacionadas, cheias de bandeiras, e dali eram dadas para quem passava a pé, nos carros ou nos ônibus.

Mas, acho que ainda não inventaram esse tipo de fiscalização, né?

Abração.

Poster disse...

Anônimo e Bia,
Vocês têm razão.
O tratamento deve ser igual para todos.
Não há sentido em reprimir-se apenas um.
Estou postando, mais tarde, uma informação sobre o suplício por que passaram, ontem, os moradores do Conjunto Júlio Seffer com a barulheira de candidatos.
E cadê a polícia? Talvez estivesse, àquela altura, reprimindo o Jordy. Só o Jordy.
Abs.

Anônimo disse...

Enquanto isso houve um barulho dos infernos no domingo, dia 21, aqui na Mauriti, entre Senador Lemos e rua Nova, com moradores colocando mesas, cadeiras e abrindo o porta-malas de seus carros, atazanando o domingo.
O cidadão está de mãos atadas. Não podemos fazer nada pra melhorar este estado de coisas, já que ligamos insistentemente pra um Disque-Silêncio inoperante, pois é o mínimo que se pode dizer de um serviço criado para não funcionar, já que conta com uma única viatura para atender a toda Grande Belém. Estamos, assim, ao deus-dará. Não há autoridade em Belém que resolva este grave problema de barulheira, seja no âmbito municipal ou estadual. Não temos, assim, uma cidade dita civilizada, justamente agora, época de eleições municipais, em que ouvimos promessas as mais variadas de que as coisas vão melhorar pra nos enganar, nós que parece que somos, na visão das autoridades, cidadãos de quarta categoria, pois é assim que eles nos enxergam, já que não temos direito sequer ao sossego nos fins de semana.

Anônimo disse...

Deveríamos lançar uma campanha pelo fim do uso desse tipo de recurso (som) nas campanhas eleitorais.

Sugiro que os leitores do blog postem, aqui, mensagens da razão pela qual acham que esse recurso deve ser eliminado das nossas eleições.

Conseguimos dar o fim nos cartazes e faixas que tornavam imundas as cidades e agora por que não fazer o mesmo com o som?

Já temos a propaganda de rádio e televisão para divulgar "as propostas" dos cadidatos.

Pense bem: se os candidatos desrespeitam as pessoas ao não obedecer as normas que regem a matéria, imagine o que irá fazer quando se assentar no poder! Vai fazer na vida pública o mesmo que ele faz na privada.

Aqui seguem alguns motivos, devidamente numerados:

1. ninguém merece!

2. o poder público não fiscaliza e quando o faz parece empregar dois pesos, duas medidas;

3. o eleitor detesta essa forma de propaganda, porque causa poluição sonora;

4. atrapalha o turismo. Imagine um cara que vive no primeiro mundo e ouve em alto e bom som palavras que sequer consegue traduzir. A mente deve ficar pertubadíssima!

5. geralmente quem fala já o faz gritando, sequer desconfiando que sua voz já está amplificada pelo equipamento;

6. as músicas são de péssima qualidade, "tipo assim" musica eletrônica, calipso etc...

7. os candidatos que usam esse recurso em volume além do permitido acreditam que não estão errados. Acham que a lei protege a sua prória ignorância!

Por favor, se foram postar sigam a numeração!

Abraços de um anônimo que odeia som nas campanhas.